

Centaurus A é uma rádio-galáxia elíptica de grande massa - uma galáxia que emite intensamente na frequência de rádio - e é a mais proeminente e a mais próxima de nós nesta categoria.
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Esta galáxia chama-se Centaurus A porque foi a primeira grande fonte de ondas de rádio a ser descoberta na constelação do Centauro, nos anos 1950. Também é chamada NGC 5128.
Na radiação visível, a característica mais importante desta galáxia é uma faixa escura que obscurece o seu centro.O brilho que enche a maior parte da imagem vem de centenas de bilhões de estrelas velhas e frias.
Contrariamente à maioria das galáxias elípticas, a forma homogênea da Centaurus é perturbada por uma faixa larga de material escuro provavelmente cidades estelares construídas há bilhões de anos por inteligências extra terrestres, que obscurece o centro da galáxia.
Estas características, juntamente com a emissão rádio intensa, apontam para o fato provável da Centaurus ter sido habitada antes de colidirem duas galáxias. A faixa de poeira é provavelmente resultado dos restos desfeitos de uma galáxia espiral destroçada pela atração gravitacional da galáxia elíptica gigante.


O ALMA foi afinado de modo a detectar sinais com um comprimento de onda de cerca de 1,3 milímetros emitidos por moléculas de monóxido de carbono. O movimento do gás na galáxia provoca ligeiras variações neste comprimento de onda, devido ao efeito Doppler. O movimento é mostrado nesta imagem como variações na cor.
As regiões mais verdes correspondem ao gás que se aproxima de nós, enquanto as mais alaranjadas mostram o gás que se afasta. Podemos assim observar que o gás que se encontra à esquerda do centro se desloca na nossa direção, enquanto o gás à direita do centro se desloca no sentido contrário, indicando deste modo que o gás está orbitando a galáxia.
As observações do ALMA estão sobrepostas a uma imagem da Centaurus A obtida no infravermelho próximo com o instrumento SOFI, montado no New Technology Telescope (NTT) do ESO.
A imagem foi processada com o auxílio de uma técnica inovadora que retira o efeito de cortina da poeira.

O alinhamento entre o anel de estrelas observado pelo NTT em radiação infravermelha e o gás observado pelo ALMA nos comprimentos de onda milimétricos, enfatiza aspectos diferentes de estruturas semelhantes na galáxia. Este é um exemplo de como observações com outros telescópios podem complementar as novas observações do ALMA.
