segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lua de Mel Sideral,relatos de aparelhos voadores na antiga India.






Existem relatos de aparição de OVNI em várias partes do mundo, algunscom mais de 47.000 anos. A Bíblia, por exemplo, cita que Ezequieltestemunhou o pouso do que seria uma espaçonave perto do Rio Chebar,na Chaldea, em 593 a.C. Na Irlanda, populares fizeram contato comprováveis alienígenas no ano de 956. Nessa mesma época, em Lyon, naFrança, três supostos ETs foram capturados e depois mortos por terem"poderes mágicos". Em Roma, no século IV, o historiador Julio Obsequins citou váriasaparições de OVNI em seu manuscrito "Prodigerium Liber" e, no final doséculo IV, o Imperador Teodosio I fez registrar a visão queaterrorizara a cidade: um estranho objeto voador que brilhavaintensamente, cercado por dezenas de outros menores. No Brasil, oprimeiro caso documentado de provável atividade extraterrestre foi aabdução de um indígena, irmão do famoso Araribóia. Voltemos umpouquinho no tempo para acompanhar o episódio. Rio de Janeiro, 1555. No meio da Baía de Guanabara, destaca-se a Ilhade Paranapuan ou dos Gatos (atual do Governador), habitada pelosíndios temiminós. Suas aldeias eram freqüentemente atacadas pelostamoios, que eram mais numerosos e habitavam toda a orla da baía. Maisde 6 mil temiminós foram mortos e comidos pelos inimigos. Temendo que a recente chegada dos franceses (Villegaignon) estimulasseuma nova investida dos tamoios contra a ilha, o cacique Maracajaguaçu(Grande Gato Bravo) pediu socorro ao capitão donatário Vasco FernandesCoutinho, no Espírito Santo. Os portugueses acudiram enviando quatronavios para resgatar os 2 mil sobreviventes e levá-los à aldeia deVitória. A condição para salvar os índios foi de que se tornassemcatólicos, o que foi prontamente aceito. LUA DE MEL SIDERAL Após o desembarque, o cacique e seu filho Araribóia levaram parte datribo para o interior da capitania, onde fundaram a aldeia que deuorigem à cidade de Serra; o outro filho, Manemuaçu, ficou com algunsguerreiros (flecheiros) no litoral para ajudar os portugueses nadefesa contra os franceses, holandeses e selvagens botocudos. Em 20 de janeiro de 1558, dia de São Sebastião, foi realizado obatismo de Manemuaçu - agora chamado Sebastião de Lemos - e seucasamento religioso com a indígena que era sua companheira. Tudoparecia transcorrer bem até que, poucos dias depois, Manemuaçudesapareceu. As buscas realizadas não deram em nada, não havia nenhumapista dele. Passadas quase duas semanas, ele reapareceu na aldeia,cambaleante, em estado de choque. Cuidado pelos jesuítas, Manemuaçunão resistiu e morreu em 2 de abril daquele ano. José Teixeira de Oliveira e outros historiadores capixabas, baseadosno relato do jesuíta Francisco Pires, descrevem a morte e enterro doíndio Sebastião de Lemos. O fato é relatado também por Serafim Leiteno livro "História da Companhia de Jesus no Brasil", página 327. Mas é no depoimento do Padre Antônio de Sá, em carta datada de 13 deJunho de 1559, que se reforçam as suspeitas de abdução: o religiosorelata que Manemuaçu, tendo sumido por alguns dias da aldeia, aoretornar disse ter sido vítima de rapto feito por seres estranhos, queo levaram para um lugar desconhecido. Muito doente, passou a serconsiderado maluco e os jesuítas afirmaram que "demônios invadiram ocorpo de Sebastião". Pesquisadores modernos, após examinarem todos os registros deixadospelos padres, levantam a hipótese de que o irmão de Araribóia foiraptado por seres extraterrestres, sendo este o primeiro caso deabdução registrado no Espírito Santo e, talvez, no Brasil.

«No Rig-Veda conhecem-se hinos dedicados aos gêmeos divinos «Aswins»,aos «Rbhus» e a outras divindades. Nesses hinos manifestam-se osprimeiros indícios de certas carruagens capazes de sulcar os areslevando a bordo seres vivos. Esses veículos voadores recebem adesignação de «rathas» pela primeira vez no Rig-Veda (a traduçãoliteral daquele vocábulo é «veículo» ou «carro»). Os «Rbhus»construíram um carro voador para os gêmeos «Aswins», que apareciamcomo médicos dos deuses. Este carro voador era extremamente cômodo. Podia voar-se com ele portodos os lados e mesmo atravessar as camadas superiores de nuvens epercorrer o céu». No hino refere-se que esses carros voadores erammais rápidos que o pensamento. O aparelho voador tinha grandes dimensões, era composto por 3 partes eera triangular. Requeria pelo menos 3 pessoas ao seu serviço. Oveículo dispunha de 3 rodas que se recolhiam durante o vôo.Acrescenta-se que o carro voador possuía 3 «pilastras». Normalmente o veículo voador era construído no Rig-Veda com metaiscomo ouro, prata ou ferro, mas o mais utilizado segundo os textosvedas era o ouro cujo brilho maravilhava. Cravos ou objetos parecidoscom pregos mantinham o carro unido. Para fazer andar os supracitadoscarros celestes de combate utilizavam-se fluidos cujos nomes não têmhoje tradução correta. As palavras madhu e anna significam mais oumenos «mel» e «fluido». O carro evoluía com mais leveza que um pássaro dos céus, saíadisparado em direção à Lua ou mesmo ao Sol e pousava na Terra comenorme estrondo. Convém referir que no Rig-Veda se mencionam diversos tipos decombustível conservados em recipientes diferentes entre si. Ao mesmotempo especifica-se que o veículo ia para o céu sem qualquer ajuda de«tração animal». Quando o veículo descia das nuvens, juntavam-se em terra grandesmultidões para presenciar a aterragem. Sem contar com os referidospilotos, o veículo celeste acomodava o rei Bhujyu, salvo do naufrágio,a filha de Surya e a mulher Sandra, e ainda mais três pessoas. Porconseguinte, a carruagem podia levar um total de 7 ou 8 pessoas. Alémdisso tinha características anfíbias, pois podia pousar sobre o marsem sofrer qualquer dano, e dali alcançar a costa. No Rig-Veda 1.46.4. são mesmo referidos três carros de combatevoadores que entraram em ação em diversas operações de salvamento.Enumeram-se trinta ações heróicas ou mais, entre as quais o resgate emnaufrágios e cavernas, em formações inimigas e câmaras de tortura.Segundo as descrições do Rig-Veda, esses carros especiais de combatedevem ter sido muito espaçosos, executavam as mais diversas operaçõese as suas descolagens faziam-se com enorme estrondo. Por outro lado,as suas aparições eram grandiosas. Algumas palavras nos textos vedas requerem uma atenção muito especialdevido ao espinhoso nexo casual. Essas palavras são madhu, anna, trivie trïbandhura. A palavra madhu significa mais ou menos «mel» emsânscrito clássico, e no entanto no dicionário equivale também a«soma» ou «substância fluida». Anna, que normalmente se refere ao arroz cozido, representa aqui osuco do arroz fermentado. Presume-se que queira significar uma misturalíquida de álcool e suco soma, que se conserva e emprega comocombustível. Aqui há ainda outra coisa curiosa, a saber, o veículovoador deixava rasto de rodas quando se movia por terra. Certosaparelhos voadores descolavam e aterravam dentro de um horáriodeterminado: 3 vezes durante o dia e outras 3 durante a noite. Na passagem 1.166.4-5 do Rig-Veda, o vôo dos marut tem ares derealidade. Os edifícios abanavam, os arbustos e as árvores pequenasficavam desenraizados, cavernas e colinas multiplicavam o eco daestrondosa descolagem, e o céu parecia como se se enrugasse edesfizesse em bocados com o fragor ensurdecedor do veículo voador. A este respeito gostava de dizer qualquer coisa sobre a palavraVimana, como perito. Esta aparece pela primeira vez na acepção deveículo voador no Yajur-Veda, 17.59. Antes, o vocábulo tinha tidodiversas aplicações, por exemplo, «aerotermo», «calculador do dia» ou«criador do céu». Em todas estas acepções, a palavra está relacionadacom a vastidão do firmamento e a sua medição. Ora bem, no Yajur-Veda17.59 e segs. descreve-se taxativamente o Vimana como veículo voador.Essa palavra nesses versos empregada no nominativo representa qualquercoisa que «enche de esplendor o firmamento», «ilumina toda a região»,«contém uma substância fluida» e pode seguir o nascer do Sol e opôr-do-sol, bem como da Lua. Na literatura clássica e em todos ospuranas, vimana é o nome genérico para designar um veículo voador. Os seguintes extratos da epopéia épica Ramayana demonstram como seempregam os vocábulos vimana e ratha para designar objetos voadores: «E ele subiu, juntamente com Khara, para o veículo voador que estavadecorado com jóias e rostos de demônios. Este moveu-se com um estrondosemelhante ao trovão vindo das nuvens.» (3.35.6-7) «Sobe para esse veículo adornado com jóias que pode andar pelo ar.Depois de ter seduzido Sita (a mulher de um rei) podes ir ondequiseres; levá-la-ei, pêlos caminhos do ar, até Sri Lanka (hojeCeilão). Assim, Ravana e Maricha subiram para o veículo aéreo que seassemelhava a um palácio («vimana») (3.42.7-9) «Tu, infame, julgarás poder alcançar o bem-estar através desse veículoaéreo?» (3.30.12) «Então o próprio veículo aéreo que tem a velocidade do pensamentoapareceu de novo em Lanka com as pobres Sita e Trijata.» (4.48.25-37) «Este é o notável veículo aéreo puspaka, que brilha como o Sol.» (4.121.10-30) «O objeto voador adornado com um cisne elevou-se no ar entre ruídosensurdecedores.» (4.123.1) «Todas as mulheres no harém do rei Sugriva concluíram rapidamente asdecorações e subiram para o aparelho aéreo.» (4.123.1-55) Os textos do Ramayana descrevem veículos celestes que acabam em bico,movem-se com extraordinária rapidez e têm uma carapaça que reluz comoo ouro. Os veículos celestes continham diversas câmaras e mostravampequenas janelas enfeitadas com pérolas. No seu interior havia salascômodas e ricamente decoradas. Os andares inferiores estavam dotadosde vidros, e todo o espaço interior tinha tapetes e paredesrevestidas. Os veículos eram muito espaçosos e tinham acessóriosluxuosos. Os veículos aéreos descritos no Ramayana podiam transportar 12pessoas. Partiam do Sri Lanka de manhã e chegavam a Ayodhaya à tarde,depois de aterragens intercalares em Kiskindhya e Vasithasrama. Assim,esses veículos cobriam uma distância de uns 2.800 quilômetros em 9horas. O que equivale a uma velocidade de 320 Km/h. A palavra vimanaemprega-se nas passagens citadas para designar o veículo voador, comexceção de dois casos. As passagens até agora expostas não permitem inferir que uns seres«divinos» ou «celestiais» tivessem conduzido aqueles veículoscelestes. As construções voadoras foram utilizadas por pessoas do topoda hierarquia, digamos, famílias soberanas ou chefes militares. Noentanto, em toda a literatura sânscrita faz-se constar repetidas vezesque a técnica de construção de objetos voadores provém dos deuses.Ainda assim, estabelece-se uma clara distinção entre os deuses nassuas gigantescas cidades espaciais e as pessoas eleitas que podemvisitar essas cidades apenas em casos excepcionais. Assim, quando se descreve a viagem de Arjuna ao céu diz-se que Arjunadeve atravessar muitas regiões celestes e de passagem apercebe-se decentenas de outros veículos aéreos. Alguns desses veículos aéreosencontram-se em pleno vôo, outros sobre o chão, e outros ainda a pontode se elevarem. Os textos do Sabhaparvan proporcionam indicações pormenorizadas sobreesses «seres celestes». Segundo parece, estes chegaram à Terra emtempos remotos para estudar os humanos. Moviam-se à vontade peloespaço e sobre a terra. Descrevem-se diversas construções chamadas«sabha» que traçavam as suas órbitas no céu, pausadamente, como ossatélites atuais. Do interior desses satélites gigantescos que hoje se chamariamconstruções ou cidades espaciais saíam, a voar, «vimanas» de tiposmuito diversos. Essas construções espaciais eram de um tamanhogigantesco e brilhavam como prata, no céu. Continham víveres, bebidas,água e todas as comodidades da vida concebíveis, assim como armashorríveis com a sua munição. Uma dessas cidades espaciais que giravam permanentemente sobre opróprio eixo chamava-se Hiranyapura, o que se pode traduzir como«cidade do ouro». Tinha sido construída por Brama para as «diabas»Pulama e Kalaka. Esta cidade espacial era inexpugnável, e as duasdiabas alcançavam êxitos tais com a sua defesa que até os própriosdeuses se mantinham a uma distância prudente da cidade espacial. Contudo, acabou por correr uma batalha. Os capítulos 168, 169 e 173 doVanaparvan (parte integrante do Mahabharata) descrevem-na. Arjuna, oherói divino do Mahabharata, tinha uma dívida pendente para com asdiabas da cidade espacial, que se multiplicavam de forma alarmante.Quando Arjuna se aproximou da estrutura espacial, as diabasdefenderam-se com armas prodigiosas. Eis aqui um extrato: «Houve uma batalha espantosa, durante a qual a cidade aérea saiudisparada para o céu e depois aproximou-se de novo da terra enquantooscilava de um lado para o outro. Depois de uma luta longa eestrondosa, Arjuna fez um disparo tão destruidor que a cidade rebentouem bocados e estes caíram na terra, um a seguir ao outro. As diabassobreviventes surgiram das ruínas e continuaram a combater,obstinadas. Por fim todas as diabas foram aniquiladas. Indra e osrestantes deuses engrandeceram Arjuna como herói.» No Vanaparvan há ainda outras cidades espaciais que giram sobre ospróprios eixos. Chamam-se Valhayasi, Gaganacara e Khekara. NoSabhaparuan descrevem-se estruturas muito peculiares que o deus Mayafez construir e transportar para essas cidades espaciais. (Adesignação dessas estruturas é insusceptível de uma tradução clara. Daraiz pode inferir-se qualquer coisa como «espaços repletos». Parecesignificativo a este respeito o fato de que estações orbitaisautênticas girassem em volta da Terra e tivessem aberturas que serviamde hangares para dar entrada a objetos voadores menores. Estasdescrições antigas assemelham-se aos projetos e esboços atuais para aconstrução do habitat espacial. Por um lado, os objetos voadores partiam do habitat espacial emdireção à Terra, e por outro esses mesmos veículos voadores eramconstruídos na própria Terra. A maior parte deles recebia o nome devimana. Só no Mahabharata há 41 passagens onde os «vimana» voadoressão mencionados. Muitas vezes torna-se difícil distinguir entre os vimanas procedentesdas cidades espaciais e os construídos na Terra. Talvez os parágrafosque se seguem sirvam para o confirmar: Os deuses criaram esse dispositivo mecânico com uma finalidade concreta. A pessoa eminente que subiu para o veículo celeste teve a admiração dos deuses. Ah, Uparicara Vasu! A espaçosa máquina voadora irá até ti, e se teacomodares nesse veículo, serás o único ser humano a assemelhar-se auma divindade. Através do feitiço de uma oração, o deus Yama foi para Kunti num veículo aéreo. Ah, descendente de Kurus, essa pessoa malévola desceu dessa carruagemvoadora que pode mover-se para frente por todos os lados e é conhecidacomo «saubhapura». Quando ele desapareceu do campo visual dos mortais, elevando-se muitoalto no céu, distinguiu milhares de veículos aéreos estranhos. Ele, o predileto de Indra, entrou no palácio divino e viu milhares deveículos voadores para os deuses, uns postos de lado, outros emmovimento. Os grupos de marut chegaram em veículos aéreos divinos, e Matali,depois de ter falado desta maneira, levou-me (Arjuna) na sua carruagemvoadora e mostrou-me os outros veículos aéreos. Do mesmo modo, os homens movem-se pelo céu em veículos aéreos que elespróprios decoram com cisnes e são tão cômodos como palácios. O grande senhor proporcionou-lhe um veículo aéreo que se movia sozinho. Em diversas passagens dos significativos textos pertencentes àliteratura budista, encontra-se o conceito «vimana» com o significadode veículo aéreo. Por exemplo, no Vimana Vatthu, parte integrante doMahavamsa, citam-se os soberbos lugares chamados vimanas que serviamde morada para os espíritos venturosos. Também se fala de um palácio rutilante que se balança no ar. Algunseruditos tendem a interpretar o conceito vimana na literatura budistacomo palácio que servia de morada a deuses e espíritos venturosos. Noentanto, a palavra vimana emprega-se muito raramente em relação amoradas humanas. Assim, a expressão vimana representa claramente umveículo aéreo, na primeira parte do Sulavamsa. A descrição textual é aseguinte: «A gigantesca cidade estava repleta de centenas de carruagens aéreasfeitas com ouro, pedras preciosas e pérolas, pelo que se assemelhava aum firmamento estrelado.» A maior parte da literatura budista entende o conceito vimana com osignificado de um palácio ou carruagem aérea celeste e locomóvel. Ecom este sentido que o utilizam a literatura veda e os purana, e maistarde a literatura clássica. Três exemplos bastam para o ilustrar: A grande divindade desceu da carruagem aérea. O veículo aéreo divino governado por Matali chegou do céu. Quando o rei Supama foi jogar dados, a sua mulher Susroni desceu doveículo aéreo. Nas obras de Kalidasa encontra-se outra referência autêntica aosveículos voadores. Este escritor da Índia antiga descreve comminuciosidade gráfica e precisão científica o vôo realizado por Ramado Sri Lanka até Ayodhaya: «Quando ele alcançou as alturas, abriu-se à sua vista o cenáriopanorâmico do mar ondulante, dos animais marinhos e das formaçõessubaquáticas. O contorno do mar parecia a aresta de uma apertada rodade ferro.» «A carruagem aérea moveu-se para cima e para baixo muitas vezes, entreas nuvens, de seguida desceu às camadas mais baixas, onde voampássaros, e depois subiu de novo para as 'rotas dos deuses'.» «Após uma travessia sobre parte do oceano, alguns rios, lagos e umaermida, a carruagem aérea celeste pousou em Uttarakosala. Os humanosque se juntaram junto ao lugar onde ficou imóvel contemplaram-noestupefatos, Rama abandonou-o por uma elegante escada de metalresplandecente.» «Depois do encontro, Rama e Bharata, acompanhados por outros, subirampela mesma escada para o veículo celeste engalanado com bandeirolas.Bharata rendeu homenagem a Shita, que estava sentada no interior doaparelho voador.» «O veículo voou lentamente cerca de um quilometro, a seguir apressou oandamento e pouco depois alcançou Ayodhaya, a capital de Rama.» Em suma, uma descrição muito gráfica de uma viagem aérea ao longo de2.900 Km, mais ou menos. Concretamente desde o Sri Lanka até Ayodhaya,passando por Setubandhan, Mysore e Allahabad. Kalidasa menciona algunspormenores desconcertantes que nos fazem pensar em vão. Quando o reiDusyanta desceu do veículo aéreo de Indra, observou atônito que asrodas do veículo não levantavam pó nem faziam barulho, embora todaselas girassem. Estupefato, percebeu que nenhuma das rodas tocava nochão. Matali indicou que isto se devia à qualidade superior do veículode Indra. Isto confirma a suposição de que há duas categorias deveículos aéreos: os fabricados e utilizados pelos deuses; e osprocedentes de oficinas terrestres . A história dos dois irmãos Pranadhara e Pajyadhara exemplifica aconstrução terrestre de veículos aéreos, automáticos e independentes.O veículo que ambos construíram conseguiu percorrer 3200 quilômetrossem parar; e os heróicos irmãos abandonaram o seu país nesse aparelhovoador para alcançar um continente remoto. Nesse mesmo relato são descritos uns autômatos mecânicos com aparênciahumana. Por último, na mesma fonte é narrada a viagem do reiNarabahanadutta num gigantesco veículo aéreo. Esta carruagem celestecolossal podia transportar umas mil pessoas, e segundo se conta tinhalevado muitos humanos para Kausambi. O Kattrasaritsagar é uma coleção de crônicas de diversas épocas quecontém tradições históricas e lendas de tempos pretéritos. Também láse fala de um veículo aéreo que «nunca precisava de encher osdepósitos» e transporta pessoas para um país longínquo que ficava paralá dos mares. Dessas histórias tradicionais e sagas infere-se que oshomens da Índia antiga conheciam a máquina voadora nas suas maisdiversas versões. Acrescentemos apenas isto: do mesmo modo, háincontestáveis indicações sobre dispositivos técnicos e mecânicos comoclepsidras, autômatos, aparelhos de rega mecânicos, pássarosartificiais e produção de nuvens artificiais. Segundo refere o Mahabharata, Viswakarma e outros, concretamente oschamados descendentes dos deuses, em busca das origens dessaantiqüíssima ciência de voar, agiram como «arquitetos principais dosdeuses» e fabricaram carruagens voadoras. Uma parte desse saber chegouaté aos homens. Há uma informação adicional no Sabhaparvan do Mahabharata em que sealude a Maya, o arquiteto-chefe dos «demônios», dizendo que não sóprojetava máquinas voadoras mas também cidades espaciais gigantescas,conhecidas pelo nome de «gaganacarasabha».Além disso, alguns paláciosmaravilhosos levavam a marca do seu saber como projetista. Se seseguir esse rasto até ao fim descobrir-se-á nos textos doSamaranganasutradhar que o próprio Brama em tempos imemoriaisconstruiu cinco naves aéreas muitos espaçosas que tiveram mesmo umnome (1 Vairaja, 2 Kailasa, 3 Puspaka, 4 Manika, 5 Tribistapa. Os donos dessas prodigiosas naves ou cidades aéreas foram Brama, Xiva,Yama e Indra. Na mesma obra formula-se um princípio fundamental daconstrução de palácios que tem uma importância decisiva para ostemplos indianos. Ao fim e ao cabo representa categoricamente ocritério de que templos e palácios foram construídos como cópiasarquitetônicas de carruagens aéreas celestes. Em diversas obras, por exemplo no Manasara do século VII DC., éconfirmada essa informação arcaica. Paleios e templos harmonizam-secom os antigos veículos voadores pela sua projeção horizontal eedificação. Os templos gigantescos foram reproduções reduzidas dasformidáveis estruturas espaciais, e os pequenos templos locaissimbolizam as carruagens voadoras dos seres subalternos. Assim setraçou uma divisória muito clara entre os veículos celestes utilizadospelos deuses e os dos mortais. Com essas antiqüíssimas tradiçõesindianas põe-se a questão de saber se os seres divinos que subiam paraos aparelhos voadores tinham corporeidade ou não. Se se catalogarem osdeuses como seres conceitos abstratos ou personificações dos elementosnaturais, desmentir-se-á a representação de seres vivos que viajamentre a Terra e o espaço cósmico em estruturas semelhantes aaeronaves. Se pelo contrário se atribuírem a esses deuses atividades ecaráter humanos, as contradições serão patentes. Ora bem, os textos vedas asseguram taxativamente que houve 35 deusescelestes desse tipo. Por outro lado, os purana estabelecem em cem onúmero de ashuras celestes. Os textos vedas descrevem os gêmeosdivinos «Aswins» como seres muito jovens. Além disso possuem formas equalidades humanas. Sayana comenta ainda com grande clareza noRig-Veda que os deuses tinham regressado à Terra vindos de um lugarremoto «no céu». YàsKà, o autor do Nirukta, opta por uma solução de compromisso arespeito do antiqüíssimo debate entre eruditos sobre a naturezaespiritual ou corporal dos deuses. Ele representa o critério de queambas as partes têm razão. Os deuses eram ora corporais oraespirituais. No entanto, certas investigações contemporâneas sobre ascaracterísticas principais das divindades vedas defendem a noção deque os deuses foram seres corporais que irromperam no nosso sistemasolar a muito tempo atrás. O Mahabharata, que se baseia nas fontesoriginais, descreve esses deuses como seres corpóreos que não suam nempestanejam, parecem eternamente jovens e cujas «coroas» (talvez sepretenda designar os raios em volta do corpo) nunca enfraquecem. Dada a multiplicidade de objetos voadores descritos há que perguntarcomo é possível que um saber tão profundo e valioso possa ter caído noesquecimento, e por que ainda não "foram encontradas relíquiasarqueológicas concretas dos aparelhos" voadores. Mas ao progredir nainvestigação revela-se que entre os pioneiros técnicos houve muitopoucos que dominassem a ciência do aparelho voador. Visvakarma e Mayaforam dois deles. Consequentemente, o uso dessa tecnologia ficavacircunscrito ao escol e não chegava à «arraia-miúda». Hoje em diacontinua a ser assim; só os mais abastados ou os homens de negóciospodem desfrutar das travessias aéreas, enquanto as massas popularesdos países em desenvolvimento só sabem da existência desse meio detransporte. A tecnologia aeronáutica da Antiguidade foi um segredo zelosamenteguardado. Além disso, os indianos antigos tinham o hábito decircunscrever os diversos aspectos do saber a um estreito círculo demestres e discípulos. Os próprios deuses impuseram aos seus discípuloshumanos o dever de não revelar às pessoas profanas os segredos doaparelho voador. O abuso dessa ciência antiga foi castigado com penasespantosas. No Samaranganasutradhar determina-se sem rodeios que a invenção dospormenores técnicos ou dos componentes do aparelho deve permanecersecreta. O comentário de Vaimanika Sastra no Bodhananda especifica quesó o detentor de todos os segredos do vimana podia chefiar o vôo.Antes de fazer experiências de vôo, os futuros pilotos deviam aprenderos trinta e dois segredos do vimana. Uma vez que os vimanas nãoserviam apenas como meios de transporte, mas também como armasestratégicas, compreende-se bem essa reserva absoluta a respeito dasua composição e fabrico. Outras razões que fizeram que a arte de voar praticada por humanos edeuses caísse no esquecimento foram as batalhas e catástrofesocorridas vários milênios antes do nascimento de Cristo. Segundo umgrupo de astrônomos indianos, a batalha de Khuruksetra deu-se porvolta de 3.102 AC. Chega-se a esta data devido a várias observaçõesastronómicas que os textos antigos citam em relação com essa batalha.Outros astrônomos afirmam que a grande batalha da guerra bharataremonta ao ano 2.449 AC, enquanto na opinião dos eruditos europeusessa conflagração terá corrido por volta de 1.000 AC. Os sábiosindianos conservadores fixam o aparecimento dos quatro Veda, dosBrahamana e dos Upana entre 6.000 AC e 2.000 AC, e alguns delesatribuem-lhes uma antiguidade muito maior. Um sábio ocidental tãocabal e arguto como H. Jacobi garante mesmo que os Veda apareceram em4.500 AC. No Mahabharata são descritas enormes destruições ocasionadas pelaspoderosas armas dos deuses. A monstruosidade das situações descritassó é comparável aos desastres da guerra atômica atual. Aquelasdestruições foram tão horripilantes que os sobreviventes precisaram demuito tempo para organizar uma nova sociedade. Nesse intervalo ouperíodo obscuro do saber perderam-se todos os conhecimentoscientíficos sobre o uso das máquinas voadoras. O aniquilamento universal encontra-se pormenorizado nos diversostextos sânscritos. As catástrofes que assolaram a civilização humanaficaram descritas não só nos Veda e nos Purana, mas também naliteratura clássica indiana posterior. As sucessivas vagasexterminadoras tiveram diversas causas, entre as quais, na literaturasânscrita, se escolhem as seguintes: Perturbações cósmicas (guerras divinas) Catástrofes naturais, como sismos e inundações Guerras regionais e universais Segundo as tradições indianas, a civilização humana é muito antiga enão pode ser classificada nos limites temporais que a investigação lheatribui. Por todas estas razões não é de estranhar que não apareçaqualquer relíquia de aparelhos voadores nos jazigos arqueológicos.Hoje em dia encontram-se na Europa muito poucas relíquias da PrimeiraGuerra Mundial, è aqueles que quiserem admirar as recordações daGuerra dos Trinta Anos poderão fazê-lo, quando muito, nos museus. Mas os textos sânscritos indianos não falam de alguns séculos, mas simde vários milênios. Por isso não pode surpreender-nos que o sabersobre a utilização de máquinas voadoras tenha sido assimilado nostempos dos Veda e frequentemente entrelaçado com lendas. Embora osestragos da guerra e as subseqüentes catástrofes tenham anuladocertamente o saber, a planificação e o fabrico de antiqüíssimosaparelhos voadores, a recordação ficou viva sob uma forma épica.Algumas componentes dessa recordação arcaica vivem ainda hoje nofolclore, por exemplo, nos dragões voadores chineses ou nos carrosdivinos indianos.Fica no ar uma pergunta: por que é que os homens imitavam os veículosdivinos na edificação dos seus templos? Há vários milênios essasestruturas celestes foram para os humanos, qualquer coisaincompreensível, divina, que impressionou profundamente a suaimaginação. Ergueram-se palácios, com servidores (sacerdotes) e todasas comodidades imagináveis, destinados a esses deuses. No âmbitoreligioso chama-se «templos» a esses palácios. Durante a construçãoprocuraram imitar as diversas estruturas voadoras dos seres celestes,de maneira a que os deuses se encontrassem sobre a Terra tão bem comonas suas residências celestes. Os primeiros deuses chegaram de pontosdo Universo imensamente distantes. Segundo se lê no Vanaparvan, habitavam cidades fora da Terra, comdimensões extraordinárias e muito confortáveis. Lê-se ainda sobre umadessas cidades que era luminosa, muito bela, e tinha muitas casas.Havia lá árvores e cascatas. A urbe tinha quatro entradas, custodiadaspor guardas, todos eles apetrechados com as mais variadas armas. No capítulo 3 do Sabhaparuan (parte integrante do Mahabharata) sãoanalisadas as ditas cidades espaciais. Aí se diz que Maya, o arquitetodos Asura, tinha projetado para Yudhisthira, o mais antigo dosPandava, um soberbo salão nobre de ouro, prata e outros metais paraser enviado para o céu, tripulado por 8000 trabalhadores. QuandoYudhisthira perguntou ao sábio e versado Narada se já se tinhaconstruído antes uma sala tão maravilhosa como aquela, Naradarespondeu que já tinham existido recintos celestes semelhantes paracada um dos deuses: Indra, Yama, Varuna, Kuvera e Brama. Essas cidadescelestes encontravam-se permanentemente no espaço universal. Dispunhamde todos os meios para uma vida cômoda.Sobre a cidade espacial de Yama pode ler-se que era rodeada por ummuro branco de um esplendor deslumbrante quando a estrutura seguia oseu caminho no céu. A literatura sânscrita transmite mesmo asdimensões dessa estrutura celeste. A cidade espacial de Kuvera pareceter sido a mais bela de toda a galáxia. Media (convertendo para asmedidas de hoje) 550 por 800 quilômetros; estava suspensa no ar echeia de inúmeros edifícios com reflexos dourados. As descrições decidades voadoras semelhantes são, desde data imemorial, componenteperene das antigas epopéias indianas de autenticidade inquestionável.A dificuldade baseia-se na impossibilidade de captar hoje em dia osignificado de expressões como vaihayasi (= voar), gaganacara (= ar),ou vimana (= aparelho voador). Só o saber acerca da técnica modernapermite uma interpretação razoável.»