segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Em Vista destes avanços científicos e o quê eles nos dizem, devemos olhar mais cuidadosamente o criacionismo.






Avanços perturbadores da mente em decifrar e decodificar o genomahumano traz mais perto a realização da esperança que os novosconhecimentos levarão à cura das piores doenças do homem, até mesmodeter o envelhecimento e uma abençoada vida mais longa. O processo deabrir os segredos mais básicos da vida também guarda a esperança deencerrar, de uma vz por todas, o debate entre evolução e criacionismo,fornecendo a resposta à pergunta: em qual imagem foi criado o primeirohomem moderno, Adão? A evidência biológica abundante na natureza aponta convincentementepara a evolução. A evidência fóssil revela uma sucessão de primatas ehominídeos evoluindo através de milhões de anos. A evidênciaarqueológica mostra uma progresão de uma Velha Idade da Pedra para umaMédia Idade da Pedra, dos hominídeos iniciais aqueles mais avançados.Se não fosse pela inexplicável brecha [ o elo perdido] de uma súbitaprogressão, não de milhões de anos, mas de uma vez, que resultou noHomo sapiens, o homem moderno, a tenaz escola de oposição daqueles quesustentam a história bíblica a muito tempo não teria mais sesustentado. O homem, eles avaliam, foi feito por ordem e vontadedeliberada divina. O homem não evoluiu; o homem foi criado. ´ A descoberta que toda a vida na Terra consiste dos mesmos elementosgenéticos, DNA e suas quatro "letras" de nucleotídios conhecidos porsuas iniciais A-C-G-T, e que geneticamente o homem difere do chipanzéem apenas 1% de seu genoma, parece sustentar a lenda bíblica do Elohimque diz: "Vamos criar Adão a nossa imagem e semelhança ." Mas se acertarmos a tentadora explicação para um grupo enigmático eextraordinário de genes que os humanos possuem, o feto de criar Adãofoi obtido por um grupo de bactérias. Uma Descoberta de "Coçar a Cabeça" O sequeciamento do genoma humano obtido em junho de 2000, e aidentificação mais recente de mais 30.000 genes do homem [ os gruposde letras expressam proteínas], parece sustentar a teoria da evolução.Os cientistas tem sido capazes de traçar a progressão genéticavertical da vida na Terra. O mesmo DNA que formou os organismos vivosde uma única célula alguns 4 bilhões de anos atrás, criaram uma árvoreda vida através da bactéria, fungo, plantas, invertebrados evertebrados, todo o caminho para o epítomo do homem moderno. De fato,os achados anunciados pelo Consórcio Público e o grupo privado Celeraem fevereiro de 2001 foram caracterizados como "humilhantes". Osnossos genes em número são pouco mais que o dobro de uma mosca defrutas (13.01), e maus 50% mais do que o do roundworm (19.098). Mas dentro dos dados tece-se um mistéro que vai o coraçao da evoluçãoversus criação e, intencionalmente, a descoberta oferece corroboraçõesaos antigos mitos sobre o papel dos extraterrestres em nos trazer. Embora confirmando o processo evolucionário geneticamente, ao traçar aprogressão vertical do mais simples ao mais complexo, os novs achadosvem com o quê Science (16 de fevereiro de 2000) chamou de "descobertade coçar a cabeça" - o genoma humano contém 223 que não tem osnecessários predecesores na árvore genômica evolucionária. Como ohomem adquiriu este grupo enigmático de genes? Na progressão evolucionária da bactéria para os invertebrados e daiaos vertebrados e finalmente aos humanos modernos, estes 223 genesestão completamente desaparecidos na fase invertebrada. Portanto, oscientistas explicam sua presença no genoma humano por uma"transferência mais recente [em escalas evoluitivas de tempo],provavelmente horizontal, da bactéria'. Em outras palavras, em um temp relativamente recente, os humanosadquiriram estes 223 genes extras não pela evolução gradual, nemverticalmente da árvore da vida , mas horizontalmente, como umainserção de material genético da bactéria. Uma imensa diferença Agora, a primeira vista pareceria que os 223 genes não fossem umagrande coisa. D fato, enquanto cada um único gen faz uma enormediferença a cada indivíduo, os 223 genes fazem uma imensa diferençapara espécie como a nossa. O genoma humano é composto de aproximadamente 3 bilhões denucleotídeos [as letras A-C-G-T, que são as iniciais dos quatro ácidosucleicos que criaram toda a vida na Terra]. Apenas pouco mais de 1%deles está agrupado em genes funcionantes [muito mais do que os 5%anteriormente presumidos]. A diferença entre uma pessoa individual euma outra chega aproximadamente a uma letra em mil do alfabeto do DNA.A diferença entre o homem e o chimpanzé é menos de 1%. [um pr cento de30.000 é 300]. Uma análise das funções destes genes através das proteínas que elescriam, realizadas pelo Consórcio Público e publicada em Nature, mostraque eles não incluem somente proteínas envolvidas nas importantesfunções fisiol´gicas e psicológicas, mas também importantes enzimasneuronais que ficam apenas na porção mitocondrial do DNA - o chamado"DNA de Eva" que a humanidade herdou pela linha materna por todo ocaminho deste uma única Eva original Uma Teoria Instável O quão certos estão os cientistas de tais genes complexos eimportantes, dos quais uma imensa vantagem humana, foi obtida por nósmais que recentemente por meio da cortesia de bactérias infectantes? "Este é um salto que não segue as atuais teorias evolutivas' disseSteven Scherer, diretor do mapeamento do Centro de Sequenciamento doGenoma Humano no Colégio Baylor de Medicina. "Nós não identificamos uma fonte bacteriana fortemente preferida paraos putativos genes transferidos horizontalmente", afirmou o relatóriode Nature. A equipe do Consórcio Público realizou uma pesquisadetalhada, encontrando 113 genes além destes 223 "que são disseminadosentre as bactérias" embora eles estejam completamente ausênciasnosinvertebrados. Uma análise das proteínas nas quais esets enigmáticosgenes se expressam mostraram que além dos 35 identificados somente 10tinham contrapartes em outros vertebrado, variando de vacas a roedorese a peixes; 25 dos 35 eram únicos aos humanos. "Não está claro se a transferência foi ou não da bactéria ao humano oudo humano a bacteria", Science citou Robert Waterson, co-diretor doCentro de Squenciamento do Genoma da Universidade de Washington. Mas se o homem deus estes genes à bactéria onfe foi que o homemadquiriu estes gens para começar com isto? Estes genes estranhos vieram da bactéria ou de antigos atronautas?. Zecharia Sitchin, nasceu na Russia e cresceu na Palestina, é umimportante sábio arqueologista e autor Criação, Evolução e Desenho Inteligente de Zecharia Sitchin Você está andando na areia da praia descalço. Seus pés tocam umaconcha e você a pega. Então vcocê vê outra, ainda mais bela. O quê sãoestas conchas? De fato, você sabe: são remanescentes de esqueletos davida marinha, remanescentes de uma miríade de criaturas vivas queechem os oceanos, tendo evoluído durante milhões de anos - talvezmesmo bilhões. E agora as ondas lavam a areia do litoral trazendo á luz algo quebrilha. Você se curva e apanha. é um relógio! Nenhum destes modernosque tem um pequeno chip dentro, mas um modelo antigo de dar corda quealguém deve ter perdido. Curioso, você abre sua parte de trás. Hápequenas rodas dentro de rodas, bastões, molas - uma invençãoengenhosa. Como as conchas, restos de uma coisa que já foi cviva, orelógio também está morto, restos de uma coisa que fazia tique- taque. E agora você pondera: Este achado na praia, como os animais dasconchas, evoluiu - ou foi feito a partir de um projeto inteligente? E é aqui que reside o mais recente debate entre evolucionistas ecriacionistas, revivendo o embate entre Darwin e a Bíblia. O Julgamento do Macaco de 1925 Foi em março de 1925 que a legislatura do Tennessee aprovou uma leique tornava ilegal o ensino de qualquer doutrina que negasse a divinacriação do homem como ensinada pela Bíblia. Em julho do mesmo ano,John T. Scopes, um professor de escola secundária, foi levado ajulgamento por ensinat a teoria de Darwin da evolução assim violandoas determinações da nova lei. O julgamento, que ficou conhecido como oJulgamento do Macaco, chamou atenção mundial para o conflitoaparentemente irreconciliável entre criacionismo [a aceitação semreservas da narrativa bíblica de que Deus criou o Homem - como orelojoeiro decidiu criar o relógio" e a evolução [ baseada nasdescobertas de Datwin de uma seleção nautural evolutiva gradual evagarosa]. John Scopes foi considerado culpado e multado em $100 dólares; a leido Tennessee foi revogada em 1967. Mas o debate não terminou: O Homem,o Homo sapiens, é meramente o profuto final de um longo processo deseleção natural [evolução] ou o resultado de uma única decisão, um atodeliberado de um criadoe [criacionismo] como a Bíblia afirma? Os evolucionistas não podiam aquilatar como o outro lado podia ignorare evidência esmagadora do início da vida há bilhões de anos , eafirmar que tudo era o resultado de seis dias de criação. Oscriacinostas, citando o sorriso de relojoeiro, não podia ver como orepentino aparecimento do Homo sapiens como um ser inteligente tãodistinto dos macacos e dos chimpanzés pudesse negar a mão de DeusCriador. De que lado está a ciência? Durante anos, restos de esqueletos dos primeiros hominídeos temestabelecido o sudeste da África como o lugar onde os homens sedesramificaram dos macacos a vários milhões de anos atrás. Os restosfósseis sem dúvida pintam uma imagem evoluitiva, com este ou aquelefim - devemos pular os fantasiosos nomes científicos - evidenciandouma progressão que tem sido considerada como primeiramente assumida auns dois milhões de anos, então três ou quatro, e mais recentemente[um pouco mais no centro da áfrica, no Chad) cinco ou seis milhões deanos. Isto de fato tem sido uma progressão muito vagaroda [ ouevolução, como alguns preferem] dos primeiros hominídeos até o Homoerectus e Homo sapiens. Mas esta evolução vagarosa apresenta um enigma, o passo mais lento dadescoberta, um enigma ainda maior. Há uns 300.000 anos - um meropiscar de olhos em termos evolutivos - o homem moderno, o Homo sapienssapiens, apareceu repenttinamente, emergiu fora da África, e habitou aTerra. Os antropólogos preferem se referir a este fenômeno como EloPerdido; descobertas recentes tem recuado, muito mais que progredido,esta exposiçao de desenvolvimento hominídeo. Os avanços mais recentes em genética, incluindo a decifração esequencionamento do genoma humano em meados de 2001, tornou possíveluma análise nova, diferente e muito mais precisa da linhagem humana.As descobertas, por um lado, confirmaram que TODA vida na Terra ébaseada nas mesmas quatro letras [ácidos nuclêicos] do alfabeto doDNA. Por outro lado, eles mostraram como uns poucos genes [porexemmplo, de 30 a 40 mil em humanos] podem fazer uma grande diferença;os genomas humano e do chimpanzé são similares em mais de 98%... Estes achados genéticos encerrados ano passado mostram que o genomahumano inclui 200 genes que não tem predecessor evolutivo = "genesestranhos" nas palavras dos relatórios científicos. Os estudospublicados neste ano (2002) concluiram que estes genes únicos estãoconcentrados primariamente em um cromossoma, o cromossoma 21. E emagosto deste ano, foi descoberto que o gene da linguagem, que capacitao homem a falar [não apenas balbuciar] foi acrescentado ao genomahumano há 200.000 ou 100.000 anos . A História da Criação: Não apenas a Bíblia Em vista destes avanços científicos e o quê eles nos dizem, devemosolhar mais cuidadosamente o criacionismo. Primeiramente, a história bíblica no Gêneses. Para decepcionar a todosque se importam, a Bíblia não afirma que Deus criou o homem. Elaafirma que os Elohim-um termo plural - disseram: "Vamos fazer Adão anossa imagem e semelhança". Alguns argumentam que embora Elohim sejaum termo plural, pode significcar uma entidade única, Deus. Mas istonão se sustenta quando entendemos que as palavras seguintesseguinificam "nossa", definitivamente plural. Em meus livros, começando com The 12th Planet em 1976, GenesisRevisited (1990), e mais recentemente The Lost Book of Enki (paracitar três), mantenho-me indicando que em nossos dias até mesmo osseminários teológicos ensinam: que as histórias bíblicas do Gêneses [acriação de Adão, o Jardim do Éden, a Torre de Babel, o Dilúvio] sãoversões abreviadas de textos mesopotânicos muito anteriores, escritosnos tabletes de argila primeiramente na Suméria a quase seis anosatrás. E lá, neste textos, realmente trata-se de "nós" : os líderes doAnunnaki ("aqueles que do céu vieram a Terra") que, por volta de300.000 anos atrás, empregaram a engenharia genética [misturando osseus genes com aqueles dos hominídeos da Terra] para criar o Homem, eentao [uns 100.000 abnos depois, para criar o Homo sapiens inteligentee falante chamado Adapa. É a eles, como tenho sugerido, que a Bíblia chamou de Elohim(literalmente: Os Sublimes). E se aceitarmos a história suméria -escrita nos tabletes que podem ser vistos em muitos dos grandes museu- a resposta ao "elo perdido" ou genes estranhos é fornecida; e aconclusão é alcançada, que se é fato que foram "aqueles que vieram doscéus a Terra", não há conflito entre evolução e criacionismo. Entra o Desenho Inteligente Então o problema está resolvido? De todo não. Nem os evolucionistasnem os criacionistas estão dispostos a aceitar a premissa que a Terratem sido visitada por extraterrestres [ do planeta Nibiru, segundo ossumérios - um planeta de nosso próprio sistema solar mas com umaórbita elíptica mais vasta]. Para contrariedade óbvia dos evolucionistas, as fileiras dos antigoscriacionistas estás aumentando por um novo grupo - finalmente! - queinclui erditos respeitados e outros com credenciais científicas. Oargumento destes recém- chegados ao debate é aquele do relojoeiro. Temque haver um relojoeiro, eles avaliam corretamente. Mas quem foi ele?Vamos apenas chamá-lo de Projetista Inteligente. , A instituição científica e da mídia tem testemuhado a abordagem doProjetista Inteligente com alarme. é um criacionismo "disfarçado" [para citar Time and Science): Eles apenas retiraram a palavra "Deus." Em um maior relatório sobre o assunto, The New York Times de 8 deabril de 2001, descrevendo como as forças do Projetista Inteligentetem feito manchetes em Estados fora do Cinturão da Bíblia, explicouque os proponentes do Projetista Integente sustentam que " oprojetista pode ser muito similar ao deus bíblico... mas eles estãoabertos a outras explicações, tais como a proposição de a vida foisemeada por um meteorito de algum lugar no cosmos". Curiosamente, quando eu fui inundado te telefonemas e faxes de fãssobre este artigo, apareceu que nas edições anteriores várias outraspalavras foram incluídas depois da palavra "cosmos"; a versão originale não censurado afirma que : "o projetista pode muio bem similar ao deus bíblico... mas eles estãoabertos a outras explicações, como a proposição de que a vida foisemeada por um meteorito de algum lugar no cosmos, possivelmenteenvolvendo intelig~encia extraterrestre". Será que o venerável New York Times - inadvertidamente? - subscreveuminhas conclusões sobre os Anunnaki

Desde que o homem começou a dar os primeiros passos sobre a terra, oacompanhou mais de uma interrogação e, à medida que foi evoluindo efazendo-se mais humano, ditas interrogações cresceram em quantidade eprofundidade. Todas as grandes preocupações do homem, figuram nas mitologias, onde aprincípio, investigava sua própria origem e do mundo em que habitava.Os primeiros mitos, portanto, tiveram como origem a necessidade deexplicar alguns fenômenos da natureza, como o trovão, a lua, a formadas árvores e as características dos animais. Posteriormente, seconstruiu mitos que tratavam de explicar e penetrar pelas janelassecretas da condição humana e das instituições que se desenvolveram apartir da interação grupal. Quando o homem via qualidades e características humanas comopertencentes a objetos ou coisas inanimadas, essas qualidades ecaracterísticas não eram tão somente idéias arbitrárias, mas reflexosdas suas qualidades inconscientes. Quando encarava fenômenos naturaisingenuamente, personificando-os, como nos mitos e lendas, estavainterpretando a natureza de acordo com sua própria natureza. Seuinconsciente era projetado no mundo exterior. Nos mitos folclóricossemi-esquecidos dos povos antigos encontramos relíquias de suasmaneiras de pensar primitivas, que não estão extintas e, quereaparecem hoje, no inconsciente, na forma de sonhos e fantasias. "Com efeito, a mitologia arcaica, integra a sociedade humana e o homemao mundo. Ela estabelece correspondências analógicas entre o universoecosistêmico e o universo antropológico, o qual, desta forma, sefragmenta, se completa e aparece como um microcosmo" (E. Morin). Sobreessas correspondências, a contribuição de Carl Jung é de fundamentalimportância, pois estabeleceu surpreendentes relações entre a esferaindividual e cultural, através de sua teoria dos arquétipos,sintetizando com a brilhante metáfora: "os mitos são sonhos dacultura". Arquétipo, do grego "arkhétypos", significa modelo primitivo, idéiasinatas. Foi empregado este termo, significando o inconsciente coletivopor Jung. No mito este conteúdo refere-se a um tempo passado, remoto. Os arquétipos estão presentes nas lendas, nos mitos e nas maneiras deser predominantes de uma cultura. São as estruturas fundamentais donosso psiquismo e seu conhecimento e compreensão nos permite tornarmosmais conscientes tanto das nossas fraquezas quanto fortalezas. Para Carl Jung, o mito é a concretização do inconsciente coletivo, ouseja, um elo que une o consciente e o inconsciente coletivo.Compreende-se como inconsciente coletivo a memória das vivências degerações que nos antecederam. O inconsciente coletivo seria aidentidade da humanidade, independente de época ou tempo que tenhavivido. Segundo Mario Mercier: "É na tradição, nas antigas narrativas, nesses arquivos universaischamados erroneamente de lendas, é nos velhos contos que o homempoderá encontrar a sua verdadeira identidade mágica. Para isso, deverásair de sua cristalização intelectual e ultrapassar a concepção desímbolo que, embora energético, não deixa de ser bastante abstrato." Devemos ter em conta, que em todo o grupo humano existem mitos,criações humanas coletivas, que funcionam como um motor de recriaçãode um tempo passado e primordial, onde os atos humanos adquirem umsignificado distinto para cada feito original da espécie humana. Osmitos então, representam os processos inconscientes de tribos e raçasinteiras. Foram adaptados às necessidades comuns de incontáveisgerações por um processo de convencionalização, através do qual oselementos pessoais foram eliminados. O fato de que mitos equivalentessejam similares até em detalhes em culturas de povos bastanteseparados, indica que representavam temas psicológicos gerais que sãoverdadeiros para a humanidade como um todo. Segundo Jung, "em cadaindivíduo existem imagens primordiais herdadas na estrutura docérebro". Esta alegação explica o fenômeno do porque certas lendas emitos aparecerem repetidas por toda a terra. Toda e qualquer sociedade, carece de mitos, pois eles encarnam suasqualidades e atributos, além de servirem de referencial à própriasociedade que os criou. De certa maneira, são elementos de ligaçãoentre o homem e esta sociedade. A função social do mito está delineada em "Myto y Sociedade": "cadasociedade segundo seu modo de ser, concebe de maneira peculiar suaunidade e ao expressá-la toma consciência de sua existência. Nenhumrei, nenhuma bandeira, nenhuma outra coisa pode ser a encarnação de umgrupo como é o mito". OUTROS CONCEITOS DE MITO.... O mito é a verdade que esconde outra verdade, pois é mister em ir alémdas aparências, busca significados da parte abstrata, no sentido maisprofundo. Segundo Malinnowski, o mito "é uma realidade que corresponde a umanecessidade religiosa, à aspirações morais e à imperativos da ordemsocial". André Lalande: "Narrativa fabulosa de origem popular e não reflexiva, no qual osagentes impessoais, na maior parte dos casos as forças da natureza sãorepresentadassob a forma de seres personificados, cujas ações ou aventuras têm umsignificado simbólico". Erich Fromm: "O mito como o sonho, apresenta uma estória desenrolando-se no tempo eespaço, estória essa que exprime em linguagem simbólica idéiasreligiosas e filosóficas, experiências, da alma em que se reside overdadeiro significado do mito. Se a gente não logra apreender osignificado real do mito, fica em face de uma imagem ingênua,pré-científica do mundo e da história e, na melhor das hipóteses, umproduto de uma bela imaginação poética, ou então, esta é a atitude decrente ortodoxo, a estória manifesta do mito é verídica e tem-se deacreditar nela como um relato correto dos fatos deveras ocorridos narealidade". "O mito é a resposta a um estímulo e uma necessidade psíquica,enquanto a imaginação é o caldo nutriente, o meio de cultura onde asemente do mito germina e floresce." Franz K. Pereira O mito, nada mais é do que projeções de fatos reais, as quais o homemprocurou registrar com suas limitadas expressões e que, com a tradiçãooral, ganhou um colorido especial, até que restou apenas uma"imagem"da verdade, refletida em um espelho esfumaçado. O OCEANO SONHADO DO INCONSCIENTE Analisar um mito, é viver em um mundo transfigurado e impregnado dapresença de seres sobrenaturais. Para realizarmos a crítica sobre o mito, devemos primeiro, nossituarmos na realidade, tratando de encontrar um método que nospermita nos acercarmos do "oceano sonhado do inconsciente", tratandode assinalar as determinações, os caminhos que traduzem esta realidadefantástica e arbitrária, transformando-os em signos maiscompreensíveis à realidade cotidiana. Nesta zona do imaginário aborígine, não era uma presença insólita comoo cavalo alado dos gregos ou os castelos encantados do imagináriomedieval. Aqui, como em toda a América, o imaginário era uma presençaconstante, um compartilhar cotidiano que tinha como conseqüênciadireta a criação de mitos e lendas que constituem o quê denominamos derealismo mágico, que nasceu em uma atmosfera e dimensão sobrenatural,sendo considerado a manifestação mais pura e autêntica do universoamericano. O nosso indígena era um fazedor de mitos e lendas, este é o maior dos legados. Hoje, para nossa felicidade, percebemos uma resistência organizada porparte de alguns povos indígenas no sentido de preservar a cultura deseus ancestrais. Todos nós, também podemos lhes prestar assistência ,divulgando e prestigiando seu acervo cultural. É embrenhando-nos na maravilhosa selva do nosso interior, onde habitamo sentimento rude, primitivo, bárbaro, que nos foi herdado dainquietude de nossos ancestrais, que aprenderemos mais sobre nósmesmos. Neste esplendor, vicejam mitos robustos e inconcebíveis, ondeainda correm em suas veias a seiva quente das terras de sua origem. É através do estudo do inconsciente portanto,que poderemos nosreconciliar com os bárbaros dentro de nós. O drama do mundo podecomeçar a ser resolvidoe desempenhado dentro de cada indivíduo. Se esta revolução pacíficapudesse ser conseguida em um número suficiente de pessoas, não poderiaacontecer a renovação da vida sem necessidade de passar por uma fasede destruição e barbarismo? Ocorrendo esta revolução de dentro parafora, desnecessária seria a destruição de qualquer civilização. Porisso é importante estudarmos o inconsciente de maneira a reconstruirnossas atitudes de acordo com as forças negligenciadas. Realmente,esta negligência tem nos levado a uma certa falsificação de valores... PARALELO ENTE LENDAS E MITOS Na maioria das vezes, mitos e lendas são confundidos. Realmente, oslimites entre um e outro, são quase inexistentes. Segundo Luis da Câmara Cascudo, o elemento de distinção entre lenda emito está no fator "tempo-espaço". O mito estaria acima do tempo e do espaço, é universal. Já a lenda, éum episódio heróico-sentimental que tem por origem fatos queimpressionaram o imaginário popular e localizável no tempo e espaço.Conserva também, as quatro características do conto popular: aantiguidade, a persistência, o anonimato e a oralidade. Se distinguedo mito pela "função e o confronto". A principal característica do mito é a sua natureza "não reflexiva"(André Lalandre), ou seja, sua falta de questionamento ou críticas.Victor Jabouille, lhe dá uma conotação mais ampla ao afirmar que: "omito é tão vasto que nele se pode incluir praticamente toda aexpressão cultural humana...é a materialização extremamente completado Imaginário Humano". Tanto o mito quanto a lenda são a história de um País contada pelo seupovo. Enquanto o mito é universal, a lenda é local. O mito éatemporal, já a lenda se localiza no tempo. Um povo conta mitos e lendas na tentativa de relatar suas memórias,são nada menos, que depoimentos que um povo faz sobre si mesmo,acrescidos de algunsfloreios, necessários para despertar nossa atenção. O MITO E A MENTE CONTEMPORÂNEA Sem dúvida, o ser humano já alcançou uma evolução significativa. Masapesar de todos estes avanços no campo intelectual, científico etecnológico, não encontrou eco que respondesse suas expectativas oudecifrasse seu enigma existencial. Tampouco vislumbrou lograr a pazassociada à justiça social. Então de que modo pode o homem modernosuportar a carga de sua existência? Ou mesmo enfrentar catástrofes,terrorismos, guerras, bombardeio atômicos se a justiça é um jogo cegoe sujo e encontra-se nas mãos de forças econômicas que não sepreocupam com o seu bem estar? Neste instante de tempo, nossa insatisfação tem sido enfatizada pelasconvulsões mundiais, ânsias por guerra, o que tem nos provado que afelicidade e realização na vida não são encontradas na produção emmassa ou nas novas descobertas tecnológicas ou científicas. Ainsatisfação mostra-se não tão somente na ansiedade geral, mas tambémna neurose e infelicidade, assim como cria uma sensação de frustraçãoe falta de entusiasmo real. Em verdade, estamos insatisfeitos com aqualidade dos relacionamentos humanos. Com certeza, nossos avós enossos pais, eram menos suscetíveis a desarmonia e ao tédio, porrealizarem relacionamentos mais satisfatórios. Hoje nossa vida é fria,vazia e estéril. Devemos buscar, portanto, um renascimento espiritualque alimente nosso interior, pois a ciência só tem nos provado que éimpotente em face de uma ameaça de colapso da nossa cultura. É imperativo um contato renovado com os níveis mais profundos danatureza, para que se promova uma verdadeira relação vital a serestabelecida com leis e princípios que ativem a humanidade. Nãodevemos nos esquecer que nossos ideais sempre são centrados em nossossentimentos e para alcançá-los, se requer algo mais do que umelaborado trabalho acadêmico. "O caos que a sociedade atual vivencia, pode ser devido ao permanenteprocesso mitogênico e mitofágico que o progresso provoca. O progressoé mitofágico, mas o ser social é mitogênico, porque é através do mitoque ele procura estabelecer uma ordem, da mesma maneira que ele seutiliza de uma mandala para promover o equilíbrio em seus caosinterior." Franz K. Pereira Fomos, somos e sempre seremos eternos "Caçadores de Emoções", semnossos mitos e lendas, com suas maravilhosas fantasias e sonhos aserem realizados, nossa vida seria totalmente sem graça. O mundo através dos mitos e lendas, renasce como uma primavera. Ohomem é o único herdeiro destas tradições, vivências, ensinamentos e ésomente através deles que vencerá seu terror existencial e históricoe, assimilando este aprendizado, se fará merecedor da exuberante eesperançosa primavera que florescerá em seu coração. Hoje, mais do que nunca, as raízes de nosso espírito, leva-nos cadavez mais a indagar sobre as nossas origens.