



Esta foto da Estação Espacial Internacional (ISS) mostra como ela ficou depois de finalizada a missão STS-119, do ônibus espacial Discovery, quando foi acoplado o seu último segmento central e o quarto conjunto de painéis solares.
A foto foi feita por tripulantes do Discovery logo depois da desacoplagem com a ISS. O aumento nas dimensões descomplica a visualização da ISS a partir da Terra, o que pode ser feito com telescópios amadores.
A missão também serviu para testar um equipamento inédito de proteção planetária, que evitará que os astronautas levem microorganismos que poderiam contaminar as areias de Marte, em um futura missão que a NASA espera realizar por volta de 2030.
Nova estratégia foi demosntrada identificando um exoplaneta não detectado em imagens de 1998 do telescópio
Uma poderosa técnica de processamento de imagens, aperfeiçoada recentemente, pode permitir que astrônomos descubram planetas extrassolares que possivelmente estão ocultos em mais de uma década de informações coletadas pelo Telescópio Hubble.
David Lafreniere da Universidade de Toronto, Canadá, demonstrou com sucesso sua nova estratégia para buscar planetas identificando um exoplaneta presente, mas não detectado, nas imagens tiradas em 1998 pelo Hubble com sua Near Infrared Camera and Multi-Object Spectrometer (NICMOS).
O planeta, que se estima ter sete vezes a massa de Jupiter, foi originalmente descoberto em imagens feitas com os telescópios Keck e Gemini North em 2007 e 2008. Ele é o mais distante dos três planetas conhecidos que orbitam a estrela HR 8799, a 130 anos-luz da Terra. A NICMOS não pôde ver os outros dois planetas devido a interferências na imagem.
As imagens do Hubble foram tiradas 10 anos antes da descoberta pelo Keck/Gemini, e não somente fornecem importante confirmação da existência do planeta, como a demonstração de que o planeta orbita a estrela.
A imagem da NICMOS forneceu importantes informações sobre as características físicas do planeta, também. Isso foi possível porque NICMOS trabalha com ondas infravermelhas que são bloqueadas pela atmosfera da Terra devido à absorção pelo vapor de água. "O planeta parece ser parcialmente coberto por nuvens, e pudemos detectar absorção de radiação pelo vapor de água em sua atmosfera", disse Travis Barman do Lowell Observatory. "Medir as propriedades de absorção da água nós dirá muito sobre as temperaturas e pressões nas atmosferas dos planetas ao redor da HR 8799", afirmou.
Cerca de 50 fragmentos do asteroide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia - Nasa /BBC Brasil
Cientistas americanos recolheram, pela primeira vez, destroços de um meteorito que havia sido detectado antes de cair na Terra, segundo um estudo publicado na revista científica Nature. Cerca de 50 fragmentos do asteróide 2008 TC3 foram recolhidos do deserto da Núbia, no Sudão, onde caíram em outubro do ano passado.
Cientistas acreditam que a descoberta oferece uma oportunidade única de analisar a rota do asteróide e seus componentes. O meteorito do tamanho de um carro foi detectado por astrônomos da Universidade Estadual do Arizona em outubro do ano passado.
O corpo celeste foi acompanhado por telescópios em volta da Terra até se desintegrar na atmosfera terrestre acima do Sudão. Peter Jenniskens, autor do estudo e cientista no Seti Institute of Califórnia, viajou ao Sudão com uma equipe de pesquisadores para tentar localizar o que havia sobrado do asteróide.
Após uma extensa pesquisa de campo, os pesquisadores localizaram 47 fragmentos do meteorito que juntos pesavam pouco mais de três quilos. "Este asteróide era feito de um material frágil que o fez se desintegrar a 37 km de altura antes de ter sua velocidade reduzida significativamente", disse Jenniskens.
"É um tipo de meteorito diferente dos que integram nossa coleção". O co-autor do estudo, Douglas Rumble, do Carnegie Institution, disse que muitos meteoritos já haviam sido traçados antes de explodir ao entrar na atmosfera terrestre. "Isto vem acontecendo durante anos", disse ele. "Mas ver o objeto antes de entrar na Terra e depois segui-lo é algo único".
Quando meteoritos que caem na Terra são estudados, os pesquisadores raramente têm informações sobre de onde vieram ou de que tipo são. Após comparar informações sobre o asteroide e comparar com os fragmentos encontrados no Sudão, os astrônomos concluíram que o 2008 TC 3 era relativamente jovem, tendo existido por poucos milhões de anos antes de entrar na órbita terrestre.
Mistério da vida estaria ligado a um meteorito?
Panspermia é o nome da hipótese segundo a qual os elementos básicos da vida poderiam ter surgido em qualquer parte do Universo, chegando até a Terra a bordo de meteoritos.
Ainda faltam evidências razoáveis para que essa hipótese possa ser promovida a teoria mas, ao analisar a poeira de alguns meteoritos, cientistas da NASA descobriram algo que, se não explica a origem da vida, pode ajudar a compreender um dos elementos fundamentais de sua organização molecular.
"Nós encontramos um maior embasamento para a ideia de que as moléculas biológicas, como os aminoácidos, criados no espaço e trazidos para a Terra em meteoritos ajudam a explicar porque a vida é canhota," diz o Dr. Daniel Glavin.
Todas as formas de vida que conhecemos utilizam somente versões canhotas dos aminoácidos para elaborar as proteínas - da mesma forma que as letras do alfabeto podem ser arranjadas de inúmeras formas para criar as palavras, cerca de 20 aminoácidos são combinados para criar milhões de diferentes proteínas.
Os aminoácidos podem ser criados em dois formatos diferentes, um dos quais é o espelho do outro. Uma dessas formas é virada para a direita e a outra para a esquerda - daí a referência aos aminoácidos canhotos.
A vida funciona muito bem com os aminoácidos canhotos, mas não mostra nenhuma predileção pelos aminoácidos destros e menos ainda por qualquer espécie de mistura entre os dois tipos.
O mistério que resta a ser desvendado, então, é: como ou por que a vida decidiu usar os aminoácidos canhotos e não os destros?
Depois de estudar dezenas de amostras de meteoritos ricos em carbono - conhecidos como condritos carbonáceos - em busca de um aminoácido chamado isovalina, os pesquisadores descobriram que essas pedras do espaço também têm mais aminoácidos canhotos do que destros.
"A descoberta de mais isovalina canhota em uma grande variedade de meteoritos dá suporte à teoria de que os aminoácidos trazidos do espaço para a Terra primordial por asteróides e cometas contribuíram para a origem da vida baseada apenas em proteínas à base de aminoácidos canhotos," diz o Dr. Glavin.
Os pesquisadores descobriram também que os meteoritos com maior quantidade de água têm maior quantidade do aminoácido canhoto. "Isto nos dá uma pista de que a criação de aminoácidos canhotos em maior quantidade tem algo a ver com a alteração pela água. Como há muitas formas de produzir aminoácidos canhotos, esta descoberta estreita consideravelmente o campo de busca," diz Jason Dworkin, coautor da pesquisa.
Se a preferência da vida por estruturas canhotas originou-se no espaço, isto torna a busca por vida extraterrestre em nosso Sistema Solar um pouco mais difícil, porque torna-se mais complicado saber se a vida eventualmente encontrada é realmente extraterrestre ou é produto de alguma contaminação levada pelos próprios instrumentos de pesquisa.
"Se nós encontrarmos vida baseada em aminoácidos destros, teremos a certeza que não ela é da Terra. No entanto, se o viés em direção aos aminoácidos canhotos originou-se no espaço, é provável que ela se estenda por todo o Sistema Solar, de forma que qualquer vida que viermos a encontrar em Marte, por exemplo, também será canhota."
"Por outro lado, se existe um mecanismo para escolher a tendência à esquerda antes que a vida emerja, isto é um problema a menos que a química prebiótica tem de resolver antes de fazer a vida. Se ele foi resolvido para a Terra, ele provavelmente foi resolvido para os outros lugares em nosso Sistema Solar onde a receita para a vida poderia existir, como abaixo a superfície de Marte, ou em prováveis oceanos sob a crosta gelada de Europa e Encelado, ou em Titã. "
Meteoritos podem ter ajudado a gerar vida na Terra
Novo estudo gera precursores biológicos ao simular impacto de meteoritos portadores de carbono em oceanos da Terra jovem.
Calor, pressão e carbono formado pelo impacto de meteoritos podem ter criado precursores biológicos
Muitas teorias sobre a origem da vida na Terra sugerem que compostos pré-bióticos podem ter vindo do espaço exterior em asteróides ou cometas. Mas um novo estudo sugere que as reações químicas extremas que se iniciaram com os impactos de meteoritos podem ter dado o salto inicial para a vida nos oceanos primordiais, em vez de fornecerem tijolos para a construção da vida. Meteoritos se chocando com oceanos primordiais, afirma o autor do artigo, poderiam ter fornecido quantidades significativas de carbono, cruciais para a vida, e criaram uma espécie de panela de pressão química, pela força dos seus impactos, para sintetizar os fundamentos das moléculas biológicas.
Pesquisadores relataram na Nature Geoscience, de 1º de janeiro passado, que reproduziram o impacto de um condrito, um tipo comum de meteorito, chocando-se com o oceano a aproximadamente 2 km/s. A equipe simulou o condrito, submetendo seus constituintes químicos (ferro, níquel e carvão), além de água e nitrogênio, que se acredita ter sido abundante na atmosfera jovem da Terra, à forte compressão de um choque. As pressões e temperaturas resultantes, que provavelmente ultrapassaram 2.760°C, produziram uma grande variedade de compostos orgânicos (baseados em carbono) como ácidos graxos e aminas. E quando amônia, que um estudo anterior mostrou que pode ser produzida em impactos, foi acrescentada à mistura, a experiência também produziu glicina (um aminoácido simples).
Toshimori Sekine, co-autor do estudo, e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais, em Tsukuba, Japão, revela que ficou surpreso com o resultado do experimento, acrescentando que “há muitas outras moléculas que ainda não analisamos”. O autor do estudo, Yoshihiro Furukawa, aluno de pós-graduação da Universidade Tohoku, em Sendai, no Japão, diz que em função dos resultados, “podemos afirmar que eventos de impacto no oceano foram processos muito eficientes para a produção de diversas biomoléculas na Terra jovem”. No entanto, ele imediatamente faz a ressalva de que não está claro quantas dessas biomoléculas seriam necessárias para dar início à vida.
Para garantir que os compostos orgânicos foram produzidos pelo choque da colisão simulada (e não de fontes externas), o grupo de Furukawa utilizou carbono 13, um raro isótopo de carbono, no modelo para representação do meteorito. O fato de as moléculas detectadas terem sido enriquecidas com carbono 13, em vez de carbono 12, muito mais comum, exclui a possibilidade de contaminação, observam os autores.
“É fantástico mostrar que é possível aproveitar a energia de impactos para criar ligações ou pontes orgânicas”, avalia Jennifer Blank, astrobióloga do Instituto Seti, em Mountain View, Califórnia. Mas ela teme que teorias sobre origem da vida nunca possam ir além da hipótese. “Do ponto de vista generalista, uma das frustrações evidentemente, é que nunca saberemos a resposta, mas, como um outro mecanismo que contribua para o inventário de compostos orgânicos, é legítimo”, ela comenta.
Donald Brownlee, astrônomo da University of Washington concorda, acrescentando que enquanto a maioria das teorias propõe que moléculas orgânicas vieram do espaço ou foram formadas por processos terrestres, “é interessante considerar que elas poderiam ter se formado aqui porque material está caindo do espaço”. Ao mesmo tempo, Brownlee se pergunta se um meteorito grande e suficientemente massivo para penetrar na atmosfera e se chocar com o oceano em alta velocidade poderia impedir a formação de compostos orgânicos. “Se o corpo for muito grande”, avalia ele, “os materiais gerados serão, provavelmente, destruídos pelo impacto”.
O estudo de Sekine, Furukawa e seus colegas pode ser considerado réplica do impacto cinético-oceânico do experimento Urey-Miller, uma demonstração lendária realizada em 1953 pelo falecido químico, Stanley Miller, da University of Chicago, que juntamente com o colega Harold Urey mostraram que uma descarga elétrica aplicada aos componentes que supostamente existiriam na atmosfera primordial da Terra produziu grandes quantidades de aminoácidos. Em outubro de 2008, o químico marinho Jeffrey Bada, do Instituto de Oceanografia Scripps, em La Jolla, Califórnia, e seus colegas, publicaram uma reavaliação de algumas amostras de Miller, partindo de uma configuração experimental diferente. Bada e colaboradores obtiveram ainda mais material orgânico do que Miller havia relatado ─ 22 aminoácidos e cinco aminas.
Sekine adverte que a teoria do impacto de meteoritos não está em condições de superar o consagrado experimento Urey-Miller. Os resultados do novo estudo se limitam a “abrir uma porta para discutir a possibilidade” de se interpretar impactos de meteoritos como precursores da vida na Terra. “Precisamos testar a possibilidade de formação de aminoácidos mais complicados”, ele sugere.
Novo estudo gera precursores biológicos ao simular impacto de meteoritos portadores de carbono em oceanos da Terra jovem.
Calor, pressão e carbono formado pelo impacto de meteoritos podem ter criado precursores biológicos
Muitas teorias sobre a origem da vida na Terra sugerem que compostos pré-bióticos podem ter vindo do espaço exterior em asteróides ou cometas. Mas um novo estudo sugere que as reações químicas extremas que se iniciaram com os impactos de meteoritos podem ter dado o salto inicial para a vida nos oceanos primordiais, em vez de fornecerem tijolos para a construção da vida. Meteoritos se chocando com oceanos primordiais, afirma o autor do artigo, poderiam ter fornecido quantidades significativas de carbono, cruciais para a vida, e criaram uma espécie de panela de pressão química, pela força dos seus impactos, para sintetizar os fundamentos das moléculas biológicas.
Pesquisadores relataram na Nature Geoscience, de 1º de janeiro passado, que reproduziram o impacto de um condrito, um tipo comum de meteorito, chocando-se com o oceano a aproximadamente 2 km/s. A equipe simulou o condrito, submetendo seus constituintes químicos (ferro, níquel e carvão), além de água e nitrogênio, que se acredita ter sido abundante na atmosfera jovem da Terra, à forte compressão de um choque. As pressões e temperaturas resultantes, que provavelmente ultrapassaram 2.760°C, produziram uma grande variedade de compostos orgânicos (baseados em carbono) como ácidos graxos e aminas. E quando amônia, que um estudo anterior mostrou que pode ser produzida em impactos, foi acrescentada à mistura, a experiência também produziu glicina (um aminoácido simples).
Toshimori Sekine, co-autor do estudo, e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais, em Tsukuba, Japão, revela que ficou surpreso com o resultado do experimento, acrescentando que “há muitas outras moléculas que ainda não analisamos”. O autor do estudo, Yoshihiro Furukawa, aluno de pós-graduação da Universidade Tohoku, em Sendai, no Japão, diz que em função dos resultados, “podemos afirmar que eventos de impacto no oceano foram processos muito eficientes para a produção de diversas biomoléculas na Terra jovem”. No entanto, ele imediatamente faz a ressalva de que não está claro quantas dessas biomoléculas seriam necessárias para dar início à vida.
Para garantir que os compostos orgânicos foram produzidos pelo choque da colisão simulada (e não de fontes externas), o grupo de Furukawa utilizou carbono 13, um raro isótopo de carbono, no modelo para representação do meteorito. O fato de as moléculas detectadas terem sido enriquecidas com carbono 13, em vez de carbono 12, muito mais comum, exclui a possibilidade de contaminação, observam os autores.
“É fantástico mostrar que é possível aproveitar a energia de impactos para criar ligações ou pontes orgânicas”, avalia Jennifer Blank, astrobióloga do Instituto Seti, em Mountain View, Califórnia. Mas ela teme que teorias sobre origem da vida nunca possam ir além da hipótese. “Do ponto de vista generalista, uma das frustrações evidentemente, é que nunca saberemos a resposta, mas, como um outro mecanismo que contribua para o inventário de compostos orgânicos, é legítimo”, ela comenta.
Donald Brownlee, astrônomo da University of Washington concorda, acrescentando que enquanto a maioria das teorias propõe que moléculas orgânicas vieram do espaço ou foram formadas por processos terrestres, “é interessante considerar que elas poderiam ter se formado aqui porque material está caindo do espaço”. Ao mesmo tempo, Brownlee se pergunta se um meteorito grande e suficientemente massivo para penetrar na atmosfera e se chocar com o oceano em alta velocidade poderia impedir a formação de compostos orgânicos. “Se o corpo for muito grande”, avalia ele, “os materiais gerados serão, provavelmente, destruídos pelo impacto”.
O estudo de Sekine, Furukawa e seus colegas pode ser considerado réplica do impacto cinético-oceânico do experimento Urey-Miller, uma demonstração lendária realizada em 1953 pelo falecido químico, Stanley Miller, da University of Chicago, que juntamente com o colega Harold Urey mostraram que uma descarga elétrica aplicada aos componentes que supostamente existiriam na atmosfera primordial da Terra produziu grandes quantidades de aminoácidos. Em outubro de 2008, o químico marinho Jeffrey Bada, do Instituto de Oceanografia Scripps, em La Jolla, Califórnia, e seus colegas, publicaram uma reavaliação de algumas amostras de Miller, partindo de uma configuração experimental diferente. Bada e colaboradores obtiveram ainda mais material orgânico do que Miller havia relatado ─ 22 aminoácidos e cinco aminas.
Sekine adverte que a teoria do impacto de meteoritos não está em condições de superar o consagrado experimento Urey-Miller. Os resultados do novo estudo se limitam a “abrir uma porta para discutir a possibilidade” de se interpretar impactos de meteoritos como precursores da vida na Terra. “Precisamos testar a possibilidade de formação de aminoácidos mais complicados”, ele sugere.
Medusa Espacial" ajuda a entender formação de estrelas
Olhe diretamente para esta galáxia, você pode virar pedra! Segundo o mito da Medusa, se você olhar diretamente para seu rosto, vira uma estátua da pedra. Bom, como essa é uma foto, não deve ter problema…
Essa é a galáxia da Medusa, aquela senhora pouco amigável da mitologia grega que tinha um penteado mais exótico que a Amy Whinehouse, já que sua cabeleira era feita de cobras. Astrônomos têm um senso de humor um tanto peculiar e resolveram batizar essa galáxia como a galáxia da Medusa, por causa da estranha nuvem de gás na parte de cima da foto. Oficialmente a galáxia chama-se NGC 4194.
E qual o interesse por essa galáxia? Ela faz parte de um estudo que pretende estabelecer a taxa de formação de estrelas em galáxias através da produção de binárias de raios X. As binárias de raios X são uma classe de estrelas na qual dois astros estão em órbita um do outro, mas um deles é um objeto compacto, que pode ser uma anã branca, uma estrela de nêutrons ou até um buraco negro. A idéia é simplesmente correlacionar a quantidade de
binárias produzidas com a atividade de formação de estrelas em uma galáxia de modo geral.
Isso porque a taxa de formação de estrelas em galáxias é estimada a partir de estrelas com muita massa. Elas são mais fáceis de enxergar, porque são mais brilhantes, mas por outro lado vivem pouco tempo. Os objetos compactos das binárias de raios X deste estudo foram estrelas de alta massa no passado e, depois de explodirem como supernova, são estrelas de nêutrons ou buracos negros. Nessa condição, eles emitem raios X por um período de tempo muito maior que o tempo de vida de suas estrelas progenitoras.
Essas binárias são justamente os pontos azuis nesta composição de fotos do Hubble e do Chandra. Em especial, na parte de cima da imagem, bem no meio da cabeleira da Medusa, está uma binária com um buraco negro emitindo raios X. A tal da cabeleira da galáxia é originária de uma interação com outra galáxia próxima.
Estudando esses fósseis em galáxias próximas como NGC 4194, que está a apenas 110 milhões de anos-luz de nós, na constelação da Ursa Maior, é possível estabelecer a correlação entre a formação de estrelas e a quantidade de binárias de raios X, já que é possível enxergar a galáxia em detalhes. A partir da correlação estabelecida, medir a taxa de estrelas sendo formadas em galáxias muito mais distantes fica fácil usando as binárias de raios X.
A propósito, este estudo estabeleceu que, para cada milhão de toneladas de gás usado para formar estrelas, uma tonelada vai ser tragada por um buraco negro. Medindo a voracidade dos buracos negros nas binárias (pelos raios X emitidos), dá para saber quanto de matéria está disponível para formar estrelas.
O que aconteceria se você voasse em linha reta sem parar?
Imagine só: Nós vivemos no planeta Terra, que está dentro do sistema solar, que está dentro da Via-Láctea, que está dentro universo, que está dentro ... (pausa longa para pensar) ... bem, o universo também deve estar dentro de alguma coisa. Ou não? A verdade é que ninguém sabe. "Dentro de sei lá o que", talvez seja a melhor (e única) maneira de completar essa frase.
Eis aí uma pergunta capaz de tirar o sono de muita gente inteligente: O universo tem fim? Ou é infinito?
Se ele tem fim, então ele deve estar contido em alguma coisa, certo? Não podemos estar simplesmente flutuando no nada! Isso não parece fazer muito sentido.... Tem de haver alguma coisa "do outro lado" de onde ele acaba. Por outro lado, se ele não tem fim, como pode ser infinito? Tudo tem de ter um fim, não é verdade?! Só que isso nos leva de volta ao problema inicial ...
Resumindo: Se você sair voando numa nave espacial em linha reta no espaço, será que um dia você vai bater numa parede (o fim) ou vai continuar voando para sempre (o infinito)?
Depois de muito quebrar cabeça, lancei essa pergunta para o cosmólogo Amâncio Friaça, do Instituto de Astronomia (IAG) da Universidade de São Paulo. A resposta é difícil de ser resumida em poucas palavras, mas vou arriscar uma síntese mesmo assim. Pelo que eu entendi, se você sair voando numa nave espacial em linha reta no espaço, nunca vai chegar ao final dele, mas isso também não significa que ele seja infinito.
"O universo não tem um limite", explicou-me Friaça. "A melhor analogia é pensar na superfície de uma esfera, que é finita, porém não tem limites, não tem fronteiras."
Uma maneira mais complexa de dizer isso é que o espaço-tempo do universo dobra-se sobre si mesmo. Resultado: sua nave espacial vai provavelmente acabar voltando ao ponto de partida, mesmo voando em linha reta, sem nunca ter batido em nada. Tentar chegar ao limite do universo seria como tentar construir uma estrada para chegar ao horizonte da Terra. A estrada nunca teria fim! Ela daria uma volta ao mundo e chegaria de volta no mesmo lugar.
Ok, tudo bem, mas a minha pergunta inicial continua de pé: Se o universo é como uma esfera, essa esfera está dentro do que? (E esse o que está dentro do que?) Se eu conseguisse olhar para além dessa esfera, ou pular para fora dela, o que eu veria, ou onde eu cairia?
Os astrônomos costumam falar do universo com uma palavra a mais: o chamado "universo visível". Esse é, na verdade, o termo mais correto, porque ninguém sabe o que existe além daquilo que conseguimos enxergar. Hoje, o horizonte do universo visível fica a aproximadamente 13,5 bilhões de anos-luz de nós, que é o ponto mais distante de onde a luz já teve tempo de chegar até os nossos telescópios (e é também a idade do universo, contada a partir do Big Bang).
Só que esse horizonte está em constante expansão. Desde que o universo "explodiu" 13,5 bilhões de anos atrás, ele nunca parou de crescer. Se você olhar para qualquer outra galáxia a nossa volta, todas estão se distanciando de nós e também umas das outras, como se fossem azeitonas dentro de um massa que está crescendo no forno. O horizonte do universo visível, portanto, está se expandindo.
"Quanto mais tempo você olha, mais longe você enxerga", explica Friaça. Segundo ele, é possível que haja coisas no universo além do nosso horizonte atual, que não são visíveis hoje, mas se tornarão visíveis em algum futuro remoto, à medida que o universo se expande.
Por enquanto, diz ele, tudo que enxergamos já esteve conectado no passado, quando toda a matéria e energia do universo estavam espremidas num espaço subatômico (antes do Big Bang). Mas vai que aparece no horizonte do futuro alguma coisa que não está conectada com o universo como o conhecemos hoje...... aí surgirá uma outra pergunta de tirar o sono: Será que nosso universo é o único, ou será que há outros universos por aí, cujos horizontes um dia vão se cruzar com o do nosso?
"Ainda temos muitos mistérios para resolver", afirma Friaça. Ainda bem, professor, pois são os mistérios que fazem a ciência tão interessante.
Pense nisso a próximo vez que olhar para o espaço. E durma bem!
Água de Marte é salgada e pode ser comum em todo planeta
Segundo pesquisadores, há indícios de que água salgada seja comum em todo o planeta.
Cientistas americanos disseram nesta quarta-feira, 18, que a água em forma líquida descoberta junto à sonda espacial Phoenix, em Marte, é salgada e poderia estar presentes em outros lugares do planeta.
"Há muitas provas que mostram que a água salgada pode ser comum em Marte", disse Nilton Renno, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas, Oceânicas e Espaciais da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Renno, que integra o grupo de cientistas encarregado das operações da Phoenix, ressaltou que esta é a primeira vez que foi detectada e fotografada água líquida fora da Terra.
"A água líquida é um ingrediente essencial para a vida. Esta descoberta tem implicações importantes para muitas áreas, incluindo a possibilidade de haver vida em Marte", disse.
Até o momento, os cientistas achavam que a água existia no planeta apenas em forma de gelo ou vapor, devido às condições de temperatura e pressão.
O estudo revelou que foram feitas fotos que mostram gotas de orvalho em uma parte da estrutura da sonda.
A "Phoenix" chegou a Marte em maio de 2008 e transmitiu dados à Terra até o início de novembro. Os cientistas, no entanto, seguem analisando as informações.
Os mistérios de Saturno são envolventes
Imagem feita pelo telescópio Hubble registra em um mesmo quadro quatro das luas de Saturno: a gigante Titã (acima, à direita, fazendo sombra no polo norte) e abaixo, da esquerda para direita, Encélado, Dione e Mimas. A cena só é observada quando os anéis do planeta estão perfeitamente na horizontal quando vistos da Terra, o que ocorre a cada 14 ou 15 anos
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior planeta do Sistema Solar. O planeta recebeu o nome do deus romano da agricultura, um dos deuses mais importantes para os romanos. Saturno é constituído principalmente por hidrogênio e hélio, e seus pólos parecem achatados devido à rápida rotação em seu eixo. Os famosos anéis de Saturno, que são a característica mais marcante do planeta, são compostos de diversos materiais, desde poeira até bolas de neve, passando por rochas. Recentemente foram detectadas luas nos anéis. Embora os principais anéis tenham mais de 250 mil quilômetros de largura, eles provavelmente têm menos de um quilômetro de espessura.
Os anéis de Saturno
Devido ao fato dos anéis serem finos e de Saturno ter eixo inclinado (como a Terra), os anéis desaparecem do nosso campo de visão por um curto período. Isso ocorre de uma a três vezes em intervalos de 13 a 16 anos. Esse evento é conhecido como cruzamento do plano dos anéis. O último cruzamento do plano dos anéis foi triplo (foi visto três vezes em alguns meses), e ocorreu nos anos de 1995 a 1996.
Quando vistos da Terra, os anéis de Saturno parecem ter todos a mesma cor. Entretanto, em outubro de 1997, a nave Cassini foi lançada em uma longa viagem para Saturno. Ela chegou ao planeta em junho de 2004 e enviou com sucesso a sonda Huygens para a superfície da maior lua de Saturno, Titã, em janeiro de 2005. As imagens feitas pela câmera foram enviadas à Terra e mostraram que os anéis têm diferentes cores e brilhos. Elas também mostraram que o sistema de anéis também é composto por milhares de anéis individuais.
Os cientistas não sabem exatamente como os anéis de Saturno foram formados, mas alguns acham que eles são compostos por resíduos de quando o planeta foi formado. Outros acham que os anéis podem ser pedaços de luas ou asteróides quebrados.
Quando o astrônomo italiano Galieu Galilei usou o primeiro telescópio para estudar o espaço, ele ficou perplexo pela estranha forma de Saturno. Agora sabemos que a confusão foi causada pelos anéis e, possivelmente, pelo cruzamento do plano deles. O pequeno telescópio de Galileu não distinguia os anéis, fazendo com que parecessem bolhas.
Temperatura e tempo de Saturno
Um dia em Saturno dura 10,656 horas. Um ano em Saturno dura mais de 29 anos terrestres. No núcleo de Saturno, elementos pesados provavelmente têm temperatura próxima de 15.000º Celsius. Saturno ainda está se acomodando gravitacionalmente, o que gera calor. Portanto, Saturno irradia três vezes mais calor do que recebe. do Sol. As temperaturas nos topos das nuvens de Saturno estão próximas dos -176º Celsius.
Auroras ocorrem em Saturno (assim como na Terra). Elas ocorrem nos pólos norte e sul de Saturno e se estendem por mais de 1.600 km sobre a atmosfera de Saturno.
Atmosfera e luas de Saturno
Esse grande planeta tem uma atmosfera tempestuosa composta por hidrogênio e hélio. Já foram registrados ventos de 1.800 quilômetros por hora perto do equador de Saturno. Esses ventos e o calor saído de seu interior criam faixas na atmosfera externa de Saturno. Essas faixas atmosféricas amarelas e douradas são visíveis da Terra. O pólo norte de Saturno ainda é um ponto muito quente.
Saturno tem pelo menos 35 luas, mas alguns astrônomos acham que podem existir até 48. Seus tamanhos variam de gigante, como Titã, que é maior do que os planetas Mercúrio e Plutão, a muito pequenas que orbitam o planeta em seus anéis. Informações sobre Saturno e suas luas são continuamente transmitidas pela missão Cassini, que acaba gerando mais respostas e perguntas.
Informações sobre Saturno
* Diâmetro: 120.530 km
* Distância média do Sol: 1.426.725.400 km (9,537 UA)
* Luas: pelo menos 35
* Composição: núcleo rochoso rodeado de hidrogênio e hélio
Galáxias colidem e dão origem a uma terceira
Uma imagem surpreendente divulgada pela Nasa (agência espacial norte-americana) mostrou um feito raro: a colisão de duas galáxias dando origem a uma terceira.
O momento da colisão foi capturado pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa.
As galáxias tinham buracos negros em seus núcleos com massa milhões de vezes maior que a do Sol.
Imagem feita pela Nasa mostra a colisão de duas galáxias; efeito raro resultou na criação da galáxia NGC 6240
Fundidos, os núcleos das galáxias deram origem à chamada NGC 6240, localizada a 400 milhões de anos luz de distância do Sol, na constelação de "Ophiuchus".
Agora, esses núcleos estão se aproximando numa velocidade tremenda e se preparando para a colisão final. Ela acontecerá por completo daqui alguns milhões de anos, um período relativamente curto nos parâmetros do tempo no espaço.
"Uma das coisas mais legais da imagem é que esse objeto é único", disse Stephanie Bush, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em Cambridge (EUA), autora de um artigo que descreve a observação do fenômeno que será publicado no próximo "Astrophysical Journal".
"Simplesmente não há muitas colisões galácticas nesse estágio no Universo que normalmente observamos."
Destroço perto da ISS foi maior do que se pensava
Um segmento russo da Estação Espacial Internacional foi fotografadas durante uma atividade extraveicular. Tripulação sofreu com ameaça de colisão com uma nuvem de detritos
Nasa admite que objeto, um pedaço de motor, tinha 12,7 cm. Agência ainda não sabe a que distância detrito passou do complexo
O pedaço de lixo espacial que obrigou três astronautas a fugirem momentaneamente da Estação Espacial Internacional nesta quinta-feira (13) era maior do que foi originalmente informado, disseram funcionários da Nasa nesta sexta-feira (13).
O objeto, identificado como o pedaço do motor de um foguete que voou em 1993, tinha 12,7 centímetros de diâmetro, e não 9 milímetros. Se tivesse atingido um dos módulos pressurizados da estação, a tripulação teria apenas dez minutos de ar, segundo Kelly Humphries, porta-voz da Nasa.
O comandante da estação, Michael Fincke, e os engenheiros de voo Yury Lonchakov e Sandra Magnus se esgueiraram para o veículo de fuga russo Soyuz, onde passaram cerca de dez minutos.
Mesmo objetos pequenos representam um risco para satélites e naves em órbita da Terra. Como eles se deslocam em rotas diferentes, com diferentes inclinações e a velocidades que superam os 28 mil quilômetros por hora, algo do tamanho de um grão de areia já tem um impacto semelhante ao de uma bola de boliche a 160 quilômetros por hora, segundo Humphries.
A Nasa esperava que os destroços passassem a 4,5 quilômetros da estação. Até sexta-feira, ainda não se sabia exatamente a distância à qual passara.
Radares usados para monitorar objetos em órbita terão antes de avaliar bem a sua localização, disse Gene Stansbery, gerente do programa de detritos orbitais do Centro Espacial Johnson, em Houston.
Stansbery disse que a informação sobre o tamanho de 9 milímetros era uma referência à sua largura, e não ao seu tamanho total. "Quem lançou esse anúncio interpretou mal o número", disse.
Os tripulantes da estação já tiveram de se refugiar nas naves de fuga em cinco ocasiões anteriores por causa de detritos orbitais, segundo outro porta-voz da Nasa, Kyle Herring.
Se houver tempo, a Nasa irá manobrar a estação para evitar ficar a menos de 25 metros de um pedaço de lixo espacial. "A rota do pedaço que passou perto da estação nesta quinta era incerta demais para fazer a manobra a tempo", disse Stansbery.
Com mais de 500 peças adicionais de detritos agora em órbita, por causa do choque no mês passado entre um satélite de comunicações da empresa Iridium e uma nave russa desativada, a agência espacial dos EUA está analisando novos mapas de radares que sejam capazes de localizar objetos a partir de 2 centímetros, segundo Stansbery.
Afinal este tal de Planeta X existe ou não?
O Sistema Solar não tem seu desenho definitivamente definido. Vivemos este fato claramente quando Plutão foi rebaixado.
O astrônomo Robert Jedicke, da Universidade de Havaí, ainda acredita que a órbita de alguns corpos celestes menores pode indicar a presença de umpossível novo nono planeta, orbitando o Sol a uma distância enorme para ser observado com os instrumentos que o homem inventou até hoje, e este cientista chama este corpo celeste de Planeta X.
Além de seus oito planetas, o Sol é circundado também por alguns corpos celestes enormes, que foram batizados plutóides, e uma infinidade de corpos celestes menores, principalmente em uma região denominada Cinturão de Kuiper, que se estende entre 30 e 50 Unidades Astronômicas (UA) - 1 UA equivale à distância entre a Terra e o Sol.
De certa forma, o Cinturão de Kuiper e sua infinidade de pequenos corpos rochosos congelados foi o responsável pelo rebaixamento de Plutão. Para se configurar como um planeta, além de orbitar o Sol e ter um formato esférico, o corpo celeste precisa ser dominante em sua órbita. E, pela sua proximidade com o Cinturão, Plutão e sua lua Charon têm uma vizinhança bem povoada.
Ou seja, qualquer candidato a novo planeta precisa estar bem longe dessa região.
Sinais do Planeta X
Ocorre que alguns objetos no Cinturão de Kuiper têm órbitas extremamente alongadas, enquanto outros têm órbitas bem menos elípticas e em ângulos muito semelhantes às órbitas dos planetas.
"Isto pode ser um sinal de perturbações de um objeto maciço muito distante," afirmou Jedicke em uma entrevista à revista New Scientist.
Nem todos os astrônomos concordam com ele. Uma lenta migração dos planetas para órbitas mais afastadas do Sol também pode explicar essas órbitas estranhas dos objetos do Cinturão de Kuiper.
Maior câmera digital do mundo
Mas agora pode ter chegado a hora de tirar a história a limpo. Jedicke e sua equipe está preparando programas de computador para varrer automaticamente uma área do céu que até hoje não foi observada porque não havia instrumentos com alcance suficiente para detectar a luz extremamente fraca de um eventual Planeta X.
O pesquisador afirma que o Planeta X, se existir, poderá estar a uma distância de até 100 UA. A essa distância, seu brilho deve ser tão fraco que nenhum equipamento disponível até hoje conseguiria captar.
A solução pode estar no Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System), um projeto destinado a monitorar os céus em busca de asteróides em rota de colisão com a Terra.
Embora os asteróides que possam vir a nos ameaçar estejam muito próximos, o Pan-STARRS possui a maior câmera digital do mundo, com 1,4 bilhão de pixels, o que o torna capaz de detectar algo como um planeta do tamanho de Marte orbitando o Sol a uma distância de 100 UA.
Quando o sistema entrar em operação, em 2010, Jedicke planeja rastrear todas as imagens geradas por ele, de forma automática, em busca de algum sinal do Planeta X.
Formação do Sistema Solar
Se o Planeta X realmente existir, os cientistas também terão que rever suas teorias de formação do Sistema Solar, uma vez que a existência de um planeta a essa distância evidenciaria a formação dos planetas muito mais cedo na história do Sistema Solar do que se acredita hoje.
Seria o paneta mais jovem já encontrado pelos Astrônomos?
Equipe internacional de cientistas questiona a existência do planeta mais jovem já descoberto até hoje. Os pesquisadores dizem que o HL Tau b (o ponto na concepção artística acima) existe, mas é composto por um material mais quente do que o que forma os planetas e mais parecido com o encontrado perto de estrelas em formação
Segundo pesquisador, o HL Tau b existe, mas não é composto pelo mesmo material frio que forma os planetas, e sim por um material muito mais quente, parecido com o que se encontra na formação de estrelas
Uma equipe internacional de cientistas, com participação de investigadores espanhóis, questionou a existência do planeta mais jovem já descoberto, o HL Tau b.
"Nossos novos dados sugerem que o HL Tau b existe, mas não é composto pelo mesmo material frio que forma os planetas, e sim por um material muito mais quente, parecido com o que se encontra na formação de estrelas", dizem os investigadores.
Imagina-se que o HL Tau b tenha menos de 100 mil anos, o que o define como um jovem se comparado ao Sol, que tem 4,5 bilhões de anos, de acordo com a agência espacial norte-americana Nasa.
As conclusões deste trabalho foram publicadas no "The Astrophysical Journal Letters", como informou o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC).
Medo faz astronautas da estação espacial se refugiarem em cápsula
Equipe foi alocada para a espaçonave Soyuz atracada ao complexo.
Detritos são de motor usado de satélite, segundo a Nasa.
Imagem de arquivo da Soyuz TMA 13 se aproximando; ela serviu de refúgio para os astronautas da estação espacial. numerosos pela passagem da Estação Espacial Internacional (ISS) por uma nuvem de destroços espaciais, os astronautas residentes tiveram de se refugiar nesta quinta-feira (12) na nave russa Soyuz atracada ao complexo orbital. Após a passagem pelos destroços, a equipe da estação pôde voltar ao complexo orbital.
A informação de que a estação passaria perto de lixo espacial -- no caso, um motor gasto de satélite -- veio tarde demais para que os astronautas executassem uma manobra de desvio de trajetória do complexo orbital, que é a medida usual em casos como este. A solução alternativa foi se abrigar na Soyuz, que facilitaria uma evacuação em caso de necessidade, e torcer para não haver impacto. A sorte estava do lado do programa espacial, e não houve colisão.
A aproximação máxima do detrito com a estação aconteceu às 13h39 (de Brasília). Após o afastamento do risco, os astronautas voltaram ao complexo orbital.
A Nasa afirma que a estratégia de deixar a tripulação na Soyuz foi só precaução, uma vez que a probabilidade de impacto era baixa. Para executar o procedimento, os astronautas tiveram de reconfigurar a estação para ficar sem tripulação.
Risco aumentado
Os temores de colisão com lixo espacial aumentaram recentemente, com a notícia do impacto de um satélite de comunicações americano com um satélite russo desativado. A pancada gerou uma nuvem de destroços -- a maioria deles fora do alcance da Estação Espacial Internacional -- e elevou a expectativa de que colisões como esta tornem-se mais comuns no futuro.
O episódio de agora, com a ISS, não tem relação nenhuma com o impacto anterior, mas é quase certo que a Nasa adotou medidas ainda mais cautelosas para lidar com o risco depois do incidente com os satélites russo e americano.
Terá início nesta terça-feira uma das mais importantes fases do Projeto Mars 500, que pretende testar a capacidade de uma tripulação de seis voluntários submetida ao confinamento de uma cápsula por um período de 105 dias. A equipe será testada em seus limites físicos e psicológicos, similar aos que seriam submetidos em uma viagem real ao Planeta Vermelho.
Os voluntários, dois europeus e quatro russos, não poderão abandonar o interior da cápsula até o final da missão, o que permitirá aos estudiosos analisarem os efeitos psicológicos do confinamento em lugares muito pequenos durante um vôo espacial de longa duração. Segundo os especialistas, o estresse provocado terá impacto direto na atividade hormonal, sono e humor.
Aos participantes será permitido fazer uso de objetos pessoais, como livros, laptops e DVDs , mas será totalmente proibido qualquer tipo de contato externo. Segundo as rígidas regras do IBMP, Instituto Russo de Problemas Biomédicos, os voluntários só poderão deixar a cápsula e abandonar o experimento por uma boa razão. De acordo com o regulamento a saída da cápsula equivale à morte dos astronautas e o fim da missão.
Segundo o IBPM, o principal problema para uma missão tripulada a Marte é assegurar a total autonomia dos tripulantes por pelo menos um ano e meio. Como em uma missão real, os suprimentos foram rigidamente controlados e embarcados e nenhuma outra carga poderá entrar na cápsula quando o experimento terminar. "Os astronautas terão que resolver os problemas e situações de desconforto sozinhos, sem que nenhum membro deixe a cápsula.
Para simular com precisão uma viagem a Marte, todas as comunicações da cápsula com o centro de controle estarão sujeitas a um delay (atraso nas comunicações) que aumentará à medida que o tempo passe, chegando a 20 minutos de atraso no ápice da missão.
Módulos e Localização
O lugar para a experiência foi escolhido a dedo, e fica numa região montanhosa perto de Moscou, com temperatura média de 30°C abaixo de zero, uma vez que as sondas espaciais já enviadas ao planeta vermelho descrevem Marte como um lugar vazio e de frio intenso.
A cápsula mede 550 metros cúbicos e consta de três módulos básicos: um compartimento de carga e alimentação, um módulo médico que pode ser usado para isolar um participante doente e a unidade onde os tripulantes viverão. Cada astronauta terá um quarto individual de 3.2 metros quadrados, que contará com uma cama, uma pequena escrivaninha e uma cadeira. As instalações também contarão com uma micro academia de ginástica incluindo uma bicicleta ergométrica.
Para simular as condições exatas de uma viagem a Marte, o experimento também conta com um simulador do módulo de pouso, que será ocupado pela equipe por 30 dias durante a "órbita" ao redor de Marte.
Os participantes
O experimento Mars 500 é um projeto entre o IBPM e a ESA, a agência espacial européia e abre caminho para a próxima missão simulada ao Planeta Vermelho. Segundo os organizadores, até o final do ano serão confinados outros seis astronautas por um período de 520 dias, o equivalente a uma missão de ida e volta a Marte.
Do lado europeu, participam da missão o engenheiro alemão Oliver Knickel, de 28 anos e o francês Cyrille Fournier, um piloto comercial de 40 anos. Entre os russos estão os cosmonautas Oleg Artemyez e Sergei Ryazansky, além do médico Alexei Baranov e do fisiologista Alexei Shpakov.
"Durante o estudo vou observar como as comunicações se desenvolvem e como será o relacionamento entre os membros", disse Fournier. "Acredito que todos nós teremos momentos altos e baixos", completou o participante.